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05/09/2006 - 09h46

Produção industrial sobe 0,6% em julho, diz IBGE

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CLARICE SPITZ
da Folha Online, no Rio

Após puxar o desaquecimento do PIB (Produto Interno Bruto) no segundo trimestre, a produção da indústria brasileira subiu 0,6% em julho na comparação livre de influências sazonais (típicas de cada período) com junho, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Na comparação com o mesmo mês do ano passado houve alta de 3,2%. No ano, a atividade industrial apresenta avanço de 2,7%. O dado de junho foi revisado de uma queda de 1,7% para uma baixa de 1,3%.

Na semana passada, o IBGE divulgou que a economia brasileira desacelerou no segundo trimestre com um crescimento de apenas 0,5%, contra 1,4% do primeiro trimestre. A indústria prejudicou o desempenho, com uma queda de 0,3%.

Segundo o chefe da coordenação da Indústria, Silvio Sales, o crescimento na indústria em julho pode ser classificado como "suave" e "diversificado". "É uma taxa discreta. Positivamente é espalhada e é moderada em sua dimensão", afirmou.

Entre os fatores que determinaram a expansão estão o desempenho da indústria extrativa, que apontou um avanço de 5,2%, após recuar 4,2% no mês anterior, e o da metalurgia básica, que teve alta de 4,2%, depois de uma baixa de 0,5%.

A recuperação desses segmentos se deu basicamente pela retomada da extração de petróleo em plataformas que estavam paradas para manutenção e a volta a plena atividade do alto forno da CSN.

Além disso, a produção de veículos automotores, outros produtos químicos e bebidas também contribuíram para o avanço.

O setor de bens intermediários, que agrega, entre outras coisas, insumos para a indústria e construção civil, e que tem o maior peso no índice, registrou alta de 1% na comparação com o mês anterior, depois do recuo de 1,8% em junho.

Os bens de capital (máquinas) tiveram avanço de 1%. A produção de bens duráveis, no entanto, apresentou queda de 0,3% e acumula queda de 1,9% com os resultados negativos de julho, junho e maio.

Segundo Sales, o crescimento da indústria em julho foi freado por segmentos que têm sofrido com a perda de competitividade em razão da apreciação do real, como calçados, vestuário e madeira, e internamente com o estancamento do volume de crédito. Os setores de refino de petróleo e produção de álcool, por exemplo, recuaram 3,4% e o de farmacêutica caiu 5,0%.

"Por mais que as exportações continuem contribuindo, elas batem menos na quantidade do que no ano passado. Nas importações ocorre o inverso", afirmou.

As exportações tiveram em julho um incremento de 23,1% frente ao mesmo período do ano passado em termos de valor. Já quanto ao volume o crescimento foi de apenas 9,1%.

Enquanto isso, as importações subiram 31,8% e o volume 22,3% na mesma base de comparação. Só os bens de consumo duráveis subiram 114,2% em julho deste ano ante o mesmo mês do ano passado.

Na comparação anual, 20 dos 27 ramos apresentaram expansão. As maiores contribuições vieram dos setores de alimentos (6,1%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (49,3%) e metalurgia básica (10%).

Por outro lado, as pressões negativas vieram do setor de outros produtos químicos, que caiu 5,0%, e material eletrônico e equipamentos de comunicações, que recuou 9,9%, puxado pela queda de 12,4% de telefones celulares.

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