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14/09/2006
-
19h41
KAREN CAMACHO
da Folha Online
Os funcionários da Volkswagen aprovaram o acordo costurado entre o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e a montadora, que prevê o corte de 3.600 até 2008. Mas o clima era tenso na assembléia da unidade Anchieta e os trabalhadores estavam divididos no apoio aos sindicalistas, que foram muito vaiados pelos funcionários.
O diretor do sindicato, Wagner Santana, foi vaiado por quase todo o discurso que tentou fazer aos quase 12 mil trabalhadores que ocupavam o pátio da empresa onde ficam os ônibus que transportam os funcionários.
José Lopez Feijóo, presidente do sindicato, também foi muito vaiado e, antes da votação, disse que os metalúrgicos teriam de "arcar com as conseqüências" se rejeitassem a proposta.
O clima foi tenso, com princípio de tumulto entre metalúrgicos, representantes de chapas opostas ao sindicato distribuindo panfletos contra o acordo e cartazes acusando o sindicato de ter "rifado os trabalhadores".
Feijóo admitiu que há desgaste do sindicato com, pelo menos, os 30% que votaram contra a proposta. "No futuro isso se resolve", disse. O cálculo sobre quantos aprovaram a proposta foi feito pelo sindicato.
O presidente disse que lutou contra as demissões por cinco meses e que evitou que a montadora demitisse os funcionários "aleatoriamente". Com o PDV, Feijóo acredita que terá mais adesão do que vagas para o corte dos primeiros 1.300 funcionários.
Outra fonte de desgaste vem dos funcionários que estão de licença remunerada no CFE (Centro de Formação e Estado). Os 500 metalúrgicos serão demitidos e, se aderirem ao PDV até 27 de outubro, recebem benefício extra de 0,6 salário por ano trabalhado.
Os funcionários desse grupo acusam o sindicato de ser conivente com o que classificam como discriminação. Eles querem o mesmo benefício dos demais funcionários, que começa em 1,4 salário por ano trabalhado.
Feijóo disse que o sindicato vai entrar com uma ação de reparação para que os funcionários recebam a diferença dos benefícios, mesmo depois do desligamento da empresa.
A concessão de um pacote de incentivos para a demissão voluntária varia de 1,4 a 0,3 salário adicional por ano trabalhado, conforme a data de adesão. O plano será feito em 11 etapas, e as demissões ocorrerão entre o próximo mês de novembro até dezembro de 2008.
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Os funcionários da Volkswagen aprovaram o acordo costurado entre o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e a montadora, que prevê o corte de 3.600 até 2008. Mas o clima era tenso na assembléia da unidade Anchieta e os trabalhadores estavam divididos no apoio aos sindicalistas, que foram muito vaiados pelos funcionários.
O diretor do sindicato, Wagner Santana, foi vaiado por quase todo o discurso que tentou fazer aos quase 12 mil trabalhadores que ocupavam o pátio da empresa onde ficam os ônibus que transportam os funcionários.
José Lopez Feijóo, presidente do sindicato, também foi muito vaiado e, antes da votação, disse que os metalúrgicos teriam de "arcar com as conseqüências" se rejeitassem a proposta.
O clima foi tenso, com princípio de tumulto entre metalúrgicos, representantes de chapas opostas ao sindicato distribuindo panfletos contra o acordo e cartazes acusando o sindicato de ter "rifado os trabalhadores".
Feijóo admitiu que há desgaste do sindicato com, pelo menos, os 30% que votaram contra a proposta. "No futuro isso se resolve", disse. O cálculo sobre quantos aprovaram a proposta foi feito pelo sindicato.
O presidente disse que lutou contra as demissões por cinco meses e que evitou que a montadora demitisse os funcionários "aleatoriamente". Com o PDV, Feijóo acredita que terá mais adesão do que vagas para o corte dos primeiros 1.300 funcionários.
Outra fonte de desgaste vem dos funcionários que estão de licença remunerada no CFE (Centro de Formação e Estado). Os 500 metalúrgicos serão demitidos e, se aderirem ao PDV até 27 de outubro, recebem benefício extra de 0,6 salário por ano trabalhado.
Os funcionários desse grupo acusam o sindicato de ser conivente com o que classificam como discriminação. Eles querem o mesmo benefício dos demais funcionários, que começa em 1,4 salário por ano trabalhado.
Feijóo disse que o sindicato vai entrar com uma ação de reparação para que os funcionários recebam a diferença dos benefícios, mesmo depois do desligamento da empresa.
A concessão de um pacote de incentivos para a demissão voluntária varia de 1,4 a 0,3 salário adicional por ano trabalhado, conforme a data de adesão. O plano será feito em 11 etapas, e as demissões ocorrerão entre o próximo mês de novembro até dezembro de 2008.
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