Publicidade
Publicidade
14/09/2006
-
20h50
da Folha Online, em Brasília e SP
da France Presse, em La Paz
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira que o governo boliviano decidiu "congelar" a decisão de confiscar as receitas das refinarias da Petrobras no país.
Na entrevista, Lula não especificou, entretanto, o que queria dizer por "congelar". Mais tarde, porém, Marco Aurélio Gardia, assessor especial da Presidência, afirmou que a Bolívia havia recuado na decisão.
"Eu pedi para o meu assessor especial Marco Aurélio [Garcia] ligar para o vice-presidente da Bolívia, que estava chegando dos Estados Unidos, e ele informou o Marco Aurélio que eles vão congelar essa medida", disse Lula ele em entrevista para a TV Bandeirantes.
O recuo boliviano foi anunciado após uma longa reunião entre o vice-presidente e cinco ministros de Estado, entre eles o titular dos Hidrocarbonetos, Andrés Soliz, que tinha afirmado previamente que a Bolívia não recuaria. "O decreto permanece, mas estamos definindo espaços e terrenos mais frutíferos para garantir que a nacionalização e as negociações para seu cumprimento tenham sucesso", afirmou o vice-presidente da Bolívia, Alvaro García Linera.
"O decreto permanece, mas estamos definindo espaços e terrenos mais frutíferos para garantir que a nacionalização e as negociações para seu cumprimento tenham sucesso", destacou García Linera.
Confisco e impasse
Para confiscar as receitas das refinarias, a Bolívia decidiu transformá-las em prestadoras de serviço. A resolução, que aconteceu na última terça-feira, gerou um impasse dentro do governo brasileiro, que ficou sabendo da notícia por meio dos jornais bolivianos.
Imediatamente, o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, e o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, decidiram cancelar a viagem que fariam para La Paz na sexta-feira com o objetivo de discutir a exploração e distribuição de gás.
Pela manhã, Lula afirmou que o Brasil adotaria medidas "duras" contra a Bolívia se o país vizinho não recuar em sua decisão. "Eles vão congelar essa medida. Se a Bolívia teimar em tomar atitudes unilaterais o Brasil vai ter que pensar em como fazer uma coisa mais dura."
Os candidatos à Presidência Geraldo Alckmin (PSDB) e Heloísa Helena (PSOL) aproveitaram a crise com a Bolívia para chamar Lula de "omisso" e "incompetente".
Sem citar nomes, Lula criticou a postura de Alckmin e Heloísa. "Precisamos saber que o Brasil será este ponto de equilíbrio; se eu não briguei com o Bush (George W. Bush, presidente dos EUA), por que eu vou brigar com o [Evo] Morales? [presidente da Bolívia]"
Leia mais
Governo confirma suspensão de viagem à Bolívia para negociar gás
Petrobras diz que decisão da Bolívia "inviabiliza" negócios
Presidente da Bolívia diz que EUA conspiram contra seu governo
Bolívia "rebaixa" Petrobras a prestadora de serviço
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a nacionalização na Bolívia
Lula diz que Bolívia "congelou" decisão de seqüestrar receitas de refinarias da Petrobras
Publicidade
da France Presse, em La Paz
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira que o governo boliviano decidiu "congelar" a decisão de confiscar as receitas das refinarias da Petrobras no país.
Na entrevista, Lula não especificou, entretanto, o que queria dizer por "congelar". Mais tarde, porém, Marco Aurélio Gardia, assessor especial da Presidência, afirmou que a Bolívia havia recuado na decisão.
"Eu pedi para o meu assessor especial Marco Aurélio [Garcia] ligar para o vice-presidente da Bolívia, que estava chegando dos Estados Unidos, e ele informou o Marco Aurélio que eles vão congelar essa medida", disse Lula ele em entrevista para a TV Bandeirantes.
O recuo boliviano foi anunciado após uma longa reunião entre o vice-presidente e cinco ministros de Estado, entre eles o titular dos Hidrocarbonetos, Andrés Soliz, que tinha afirmado previamente que a Bolívia não recuaria. "O decreto permanece, mas estamos definindo espaços e terrenos mais frutíferos para garantir que a nacionalização e as negociações para seu cumprimento tenham sucesso", afirmou o vice-presidente da Bolívia, Alvaro García Linera.
"O decreto permanece, mas estamos definindo espaços e terrenos mais frutíferos para garantir que a nacionalização e as negociações para seu cumprimento tenham sucesso", destacou García Linera.
Confisco e impasse
Para confiscar as receitas das refinarias, a Bolívia decidiu transformá-las em prestadoras de serviço. A resolução, que aconteceu na última terça-feira, gerou um impasse dentro do governo brasileiro, que ficou sabendo da notícia por meio dos jornais bolivianos.
Imediatamente, o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, e o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, decidiram cancelar a viagem que fariam para La Paz na sexta-feira com o objetivo de discutir a exploração e distribuição de gás.
Pela manhã, Lula afirmou que o Brasil adotaria medidas "duras" contra a Bolívia se o país vizinho não recuar em sua decisão. "Eles vão congelar essa medida. Se a Bolívia teimar em tomar atitudes unilaterais o Brasil vai ter que pensar em como fazer uma coisa mais dura."
Os candidatos à Presidência Geraldo Alckmin (PSDB) e Heloísa Helena (PSOL) aproveitaram a crise com a Bolívia para chamar Lula de "omisso" e "incompetente".
Sem citar nomes, Lula criticou a postura de Alckmin e Heloísa. "Precisamos saber que o Brasil será este ponto de equilíbrio; se eu não briguei com o Bush (George W. Bush, presidente dos EUA), por que eu vou brigar com o [Evo] Morales? [presidente da Bolívia]"
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
- Por que empresa proíbe caminhões de virar à esquerda - e economiza milhões
- Megarricos buscam refúgio na Nova Zelândia contra colapso capitalista
- Com 12 suítes e 5 bares, casa mais cara à venda nos EUA custa US$ 250 mi
- Produção industrial só cresceu no Pará em 2016, diz IBGE
+ Comentadas
- Programa vai reduzir tempo gasto para pagar impostos, diz Meirelles
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
+ EnviadasÍndice