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25/10/2006 - 12h43

Mantega diz que superávit estaria bem acima da meta sem 13º antecipado

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IVONE PORTES
da Folha Online

O superávit primário teria ficado bem acima da meta do governo se não fosse a antecipação do 13º salário dos aposentados, segundo afirmações feitas hoje pelo ministro Guido Mantega (Fazenda).

Dados divulgados hoje pelo Banco Central mostram que o superávit primário (receitas menos despesas, excluindo gastos com juros) acumulado nos últimos doze meses caiu de 4,45% do PIB (Produto Interno Bruto) em agosto para 4,28% em setembro e ficou bastante próximo da meta deste ano, de 4,25%.

Segundo o ministro, excluindo a despesa com a antecipação do pagamento do 13º salário dos aposentados, que somou cerca de R$ 5,8 bilhões, o superávit primário atingiria em 12 meses, até setembro último, 4,56% do PIB.

"Seria um dos melhores resultados para o mês de setembro e ficaria inclusive acima do registrado no mesmo período do ano passado", afirmou Mantega.

Dados do Banco Central, entretanto, contradizem a afirmação do ministro. Segundo divulgações da autoridade monetária, no mesmo período de 2005 --12 meses até setembro--, o superávit primário atingiu 5,17% do PIB, fechando o ano em 4,83%. Ou seja, nos dois casos superou os 4,56%. No acumulado de janeiro a setembro de 2005, foi de 4,83%

Mas, para Mantega, "o que interessa é o resultado anual". "Que está com folga."

Em 12 meses, o superávit primário consolidado está R$ 87,530 bilhões. A meta para este ano do setor público consolidado é de um superávit primário de 4,25%, ou cerca de R$ 88,7 bilhões.

Mantega participou hoje da abertura da Feicred (Feira de Crédito e Produtos Financeiros para Investimento), promovida pelo Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), na capital paulista. O evento, realizado no Centro de Convenções Frei Caneca, vai até o próximo dia 27.

Crescimento

Mantega falou também sobre crescimento econômico. Segundo o ministro, foram criadas condições para que a economia brasileira cresça mais de 4% a partir do próximo ano. Ele reafirmou que espera crescimento superior a 5% em 2007.

De acordo com o ministro, a economia sairá de uma fase de crescimento moderado para uma expansão vigorosa e sustentável por muitos anos.

O crescimento econômico vigoroso somado à manutenção de um superávit primário de 4,25% do PIB e à queda dos juros permitirá que o Brasil zere o déficit nominal nos próximos anos, avalia Mantega.

De janeiro a setembro, o país acumula déficit nominal (receitas menos despesas, incluindo gastos com juros) de R$ 41,127 bilhões, o equivalente a 2,7% do PIB.

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