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08/11/2006
-
15h06
IVONE PORTES
da Folha Online
A conquista do controle da Câmara dos Representantes (deputados) dos Estados Unidos pelo Partido Democrata, após 12 anos de liderança dos republicanos, não deve causar grandes impactos no mercado financeiro norte-americano.
Segundo os últimos números, os democratas já conquistaram 228 das 435 cadeiras da Câmara --o suficiente para obter a liderança-- e tendem a obter outras quatro, o que lhes daria um total de 232 assentos. Já os republicanos --que atualmente possuem 229 cadeiras-- obtiveram apenas 195 e podem conquistar mais oito, somando um total de 203.
Analistas ouvidos pela Folha Online afirmam que essa mudança na Câmara dos EUA já foi assimilada pelo mercado e certamente servirá como uma medida para controlar propostas prejudiciais ao país.
"O mercado já vinha assimilando a possibilidade desta mudança na Câmara. Isso é bom para o país, pois vai trazer mais equilíbrio e o presidente [republicano] George W. Bush não vai mais poder fazer o que quer", afirmou Luiz Kleber Hollinger, da corretora Americainvest.
Para o analista, o favoritismo democrata foi um voto de protesto à invasão e aos conflitos no Iraque.
Hollinger considera ainda que permanece a tendência de continuidade do fluxo de recursos para países emergentes, como o Brasil. "Os investidores continuarão em busca de aplicações com bons rendimentos", disse.
Luiz Antonio Vaz das Neves, diretor da corretora Planner, avalia que os democratas podem se voltar mais para a economia interna, mas nem por isso acredita que haverá algum impacto negativo nos mercados daquele país no curto prazo.
"Possíveis decisões dos democratas terão reflexos na economia norte-americana mais no médio e longo prazo e o mercado está olhando o curto prazo", disse.
Para Francisco Barbosa, da Magliano Corretora, a expectativa é que haja alguma mudança tributária nos EUA com a conquista de maioria na Câmara pelos democratas, mas, segundo ele, o que importa para o mercado é o desempenho da economia norte-americana, "que vai bem".
A política fiscal dos EUA tem sido criticada pelos democratas. Para eles, os cortes de impostos favorecem principalmente os ricos e colaboram com os altos déficits nas contas daquele país.
O déficit fiscal norte-americano somou US$ 250 bilhões no ano fiscal de 2006, que terminou em 30 de setembro, de acordo com estimativa do Escritório de Orçamento do Congresso. Embora ainda alto, apontou um recuo de 21% sobre igual período de 2005.
Bolsas
Nesta tarde, a Bolsa de Nova York registra queda de 0,17%, enquanto a Bolsa eletrônica Nasdaq apresenta leve recuo de 0,04%.
Ontem, apesar de ser o dia das eleições legislativas nos EUA, as Bolsas norte-americanas registraram novos recordes.
O índice Dow Jones subiu 0,42% e atingiu o recorde de 12.156,77 pontos. O Nasdaq também teve alta de 0,42% e fechou a 2.375,88 pontos --maior pontuação desde fevereiro de 2001.
Para o diretor da corretora Planner, as Bolsas dos EUA bateram recordes sucessivos e, portanto, já era esperado um movimento de realização de lucros --investidores embolsando ganhos acumulados. "A eleição [nos EUA] não é um divisor de águas", afirmou.
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Para analistas, mudança na Câmara dos EUA já foi assimilada pelo mercado
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da Folha Online
A conquista do controle da Câmara dos Representantes (deputados) dos Estados Unidos pelo Partido Democrata, após 12 anos de liderança dos republicanos, não deve causar grandes impactos no mercado financeiro norte-americano.
Segundo os últimos números, os democratas já conquistaram 228 das 435 cadeiras da Câmara --o suficiente para obter a liderança-- e tendem a obter outras quatro, o que lhes daria um total de 232 assentos. Já os republicanos --que atualmente possuem 229 cadeiras-- obtiveram apenas 195 e podem conquistar mais oito, somando um total de 203.
Analistas ouvidos pela Folha Online afirmam que essa mudança na Câmara dos EUA já foi assimilada pelo mercado e certamente servirá como uma medida para controlar propostas prejudiciais ao país.
"O mercado já vinha assimilando a possibilidade desta mudança na Câmara. Isso é bom para o país, pois vai trazer mais equilíbrio e o presidente [republicano] George W. Bush não vai mais poder fazer o que quer", afirmou Luiz Kleber Hollinger, da corretora Americainvest.
Para o analista, o favoritismo democrata foi um voto de protesto à invasão e aos conflitos no Iraque.
Hollinger considera ainda que permanece a tendência de continuidade do fluxo de recursos para países emergentes, como o Brasil. "Os investidores continuarão em busca de aplicações com bons rendimentos", disse.
Luiz Antonio Vaz das Neves, diretor da corretora Planner, avalia que os democratas podem se voltar mais para a economia interna, mas nem por isso acredita que haverá algum impacto negativo nos mercados daquele país no curto prazo.
"Possíveis decisões dos democratas terão reflexos na economia norte-americana mais no médio e longo prazo e o mercado está olhando o curto prazo", disse.
Para Francisco Barbosa, da Magliano Corretora, a expectativa é que haja alguma mudança tributária nos EUA com a conquista de maioria na Câmara pelos democratas, mas, segundo ele, o que importa para o mercado é o desempenho da economia norte-americana, "que vai bem".
A política fiscal dos EUA tem sido criticada pelos democratas. Para eles, os cortes de impostos favorecem principalmente os ricos e colaboram com os altos déficits nas contas daquele país.
O déficit fiscal norte-americano somou US$ 250 bilhões no ano fiscal de 2006, que terminou em 30 de setembro, de acordo com estimativa do Escritório de Orçamento do Congresso. Embora ainda alto, apontou um recuo de 21% sobre igual período de 2005.
Bolsas
Nesta tarde, a Bolsa de Nova York registra queda de 0,17%, enquanto a Bolsa eletrônica Nasdaq apresenta leve recuo de 0,04%.
Ontem, apesar de ser o dia das eleições legislativas nos EUA, as Bolsas norte-americanas registraram novos recordes.
O índice Dow Jones subiu 0,42% e atingiu o recorde de 12.156,77 pontos. O Nasdaq também teve alta de 0,42% e fechou a 2.375,88 pontos --maior pontuação desde fevereiro de 2001.
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