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29/11/2006 - 16h16

Mantega recua e agora admite correção da tabela do IR

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KAREN CAMACHO
da Folha Online

O ministro Guido Mantega (Fazenda) recuou hoje e admitiu a correção da tabela do Imposto de Renda Pessoa Física no próximo ano.

Ele não sugeriu nenhum índice de correção, mas disse que a medida já está em negociação com o relator do Orçamento 2007, Valdir Raupp (PMDB-RO).

"Depende de outras concessões, mas é possível que o mecanismo [a correção da tabela] seja aprovado", disse ele em São Paulo após reunião com empresários do setor de infra-estrutura.

Há cerca de duas semanas, Raupp havia dito que iria propor ao governo um reajuste de 10% para a tabela em duas parcelas, uma em 2007 e outra em 2008. Além disso, o limite de dedução com gastos em educação seria reajustado na mesma proporção.

Um dia depois, entretanto, Mantega disse que essa "não era uma prioridade" do governo federal, que buscava reduzir impostos para setores que pudessem estimular o aumento do investimento.

"No caso do Imposto de Renda ele não tem um impacto sobre o crescimento e certamente ele não é prioritário", disse o ministro no último dia 14.

Hoje Mantega admitiu que no início se colocou contrário à correção porque não a achava necessária. Agora ele mudou de opinião.

"Eu tinha argumentado contra, mas houve negociações e deve haver uma acomodação", disse.

As centrais sindicais defendem um reajuste da tabela de 7,7%. Já Raupp quer 10% em duas vezes, o que teria um impacto anual de R$ 773 milhões no Orçamento.

Caso a proposta de Raupp fosse aprovada, o limite de isenção mensal passaria de R$ 1.257,12 para R$ 1.319,97 no ano que vem. Em 2008, subiria para R$ 1.382,83.

Já a alíquota de 15% passaria a incidir sobre salários que variem de R$ 1.319,98 até R$ 2.637,88 em 2007 e entre R$ 1.382,84 e R$ 2.763,28 a partir de 2008. Por último, a maior alíquota do IRPF, de 27,5%, passaria a incidir sobre os salários acima de R$ 2.637.89 (2007) e R$ 2.763,29 (2008).

Salário mínimo

Apesar de se mostrar mais flexível com a tabela do IR, Mantega voltou a defender hoje o aumento do salário mínimo de R$ 350 para R$ 367 no próximo ano.

O aumento, de 4,85%, seria bem inferior ao concedido neste ano, de 16,6%. Segundo Mantega, "não é possível dar aumentos expressivos todos os anos".

Com a inflação sob controle e a queda dos juros, argumentou o ministro, um reajuste nominal entre 4% e 5% seria "razoável".

O ministro também defendeu o reajuste do salário dos servidores públicos.

Segundo reportagem publicada hoje pela Folha de S.Paulo, o governo não está disposto a dar aumento real para categorias que já tiveram seus salários recuperados nos últimos anos.

Mantega afirmou que "desautoriza" qualquer reportagem que tenha sido publicada sobre o assunto, mas não se comprometeu hoje com nenhum índice de reajuste.

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