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30/11/2006
-
09h39
CLARICE SPITZ
da Folha Online, no Rio
A economia brasileira registrou uma expansão de 0,5% no terceiro trimestre em relação ao segundo trimestre deste ano, segundo dados divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A expansão da economia veio dentro das previsões feitas por cinco analistas ouvidos pela Folha Online, que esperavam por um crescimento entre 0,4% e 0,65%.
No segundo trimestre, o PIB cresceu 0,4% (número revisado).
O resultado de julho a setembro foi freado pelos serviços e indústria, que avançaram apenas 0,4% e 0,6%, respectivamente.
Na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, o crescimento foi de 3,2%. As previsões variavam de uma alta de 2,2% a 3,6%.
Nos primeiros nove meses do ano, houve um crescimento de 2,5% em relação ao mesmo período do ano passado e a expansão anualizada da economia foi de 2,3%.
Segundo o boletim Focus elaborado pelo Banco Central a partir da consulta de mais de cem analistas de instituições financeiras, o PIB deve crescer 2,94% neste ano.
Se confirmado, o resultado deverá ser o pior entre os países emergentes e o segundo menor da América Latina, atrás apenas do Haiti, de acordo com estudo da consultoria Austin Rating.
O Ministério da Fazenda, no entanto, prevê que a economia vai crescer 3,2%. Para alcançar esse índice, o PIB precisaria ter uma expansão de 5,2% no quarto trimestre em relação ao mesmo período de 2005. Desde o ano 2000 o Brasil não cresce a uma taxa como essa no quarto trimestre.
Neste ano o crescimento da economia tem sido baixo mesmo com juros mais baixos quando comparados a anos anteriores. A taxa básica de juros da economia brasileira (Selic) média do terceiro trimestre foi de 14,6%, contra 19,7% do mesmo período de 2005.
Segundo analistas, apesar da continuidade do ciclo de queda de juros, a economia brasileira ainda carece de mudanças estruturais, como aumento de investimentos, marcos regulatórios e implementação de reformas e corte de gastos do governo.
Indústria
A indústria teve alta de 0,6% no terceiro trimestre em relação ao segundo trimestre. A agropecuária subiu 1,1% e os serviços tiveram avanço de 0,4%.
Já o consumo do governo apresentou crescimento de 0,1% no terceiro trimestre. O consumo das famílias subiu 0,5% e completou 13 trimestres consecutivos de alta.
De acordo com o IBGE, a formação bruta de capital fixo, que representa os investimentos produtivos do país, subiu 2,5% sobre o segundo trimestre. Na comparação com o mesmo período do ano passado, a expansão foi de 6,3%.
Ainda segundo o IBGE, a formação bruta de capital fixo teve crescimento principalmente devido ao câmbio, que favoreceu a importação de bens de capital (máquinas).
Esse fator foi determinante e superou em importância a construção civil, que também teve aumento de investimentos. O setor cresceu 5,5% no terceiro trimestre. Somente o crédito para a construção civil teve alta de 25%.
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A economia brasileira registrou uma expansão de 0,5% no terceiro trimestre em relação ao segundo trimestre deste ano, segundo dados divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A expansão da economia veio dentro das previsões feitas por cinco analistas ouvidos pela Folha Online, que esperavam por um crescimento entre 0,4% e 0,65%.
No segundo trimestre, o PIB cresceu 0,4% (número revisado).
O resultado de julho a setembro foi freado pelos serviços e indústria, que avançaram apenas 0,4% e 0,6%, respectivamente.
Na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, o crescimento foi de 3,2%. As previsões variavam de uma alta de 2,2% a 3,6%.
Nos primeiros nove meses do ano, houve um crescimento de 2,5% em relação ao mesmo período do ano passado e a expansão anualizada da economia foi de 2,3%.
Segundo o boletim Focus elaborado pelo Banco Central a partir da consulta de mais de cem analistas de instituições financeiras, o PIB deve crescer 2,94% neste ano.
Se confirmado, o resultado deverá ser o pior entre os países emergentes e o segundo menor da América Latina, atrás apenas do Haiti, de acordo com estudo da consultoria Austin Rating.
O Ministério da Fazenda, no entanto, prevê que a economia vai crescer 3,2%. Para alcançar esse índice, o PIB precisaria ter uma expansão de 5,2% no quarto trimestre em relação ao mesmo período de 2005. Desde o ano 2000 o Brasil não cresce a uma taxa como essa no quarto trimestre.
Neste ano o crescimento da economia tem sido baixo mesmo com juros mais baixos quando comparados a anos anteriores. A taxa básica de juros da economia brasileira (Selic) média do terceiro trimestre foi de 14,6%, contra 19,7% do mesmo período de 2005.
Segundo analistas, apesar da continuidade do ciclo de queda de juros, a economia brasileira ainda carece de mudanças estruturais, como aumento de investimentos, marcos regulatórios e implementação de reformas e corte de gastos do governo.
Indústria
A indústria teve alta de 0,6% no terceiro trimestre em relação ao segundo trimestre. A agropecuária subiu 1,1% e os serviços tiveram avanço de 0,4%.
Já o consumo do governo apresentou crescimento de 0,1% no terceiro trimestre. O consumo das famílias subiu 0,5% e completou 13 trimestres consecutivos de alta.
De acordo com o IBGE, a formação bruta de capital fixo, que representa os investimentos produtivos do país, subiu 2,5% sobre o segundo trimestre. Na comparação com o mesmo período do ano passado, a expansão foi de 6,3%.
Ainda segundo o IBGE, a formação bruta de capital fixo teve crescimento principalmente devido ao câmbio, que favoreceu a importação de bens de capital (máquinas).
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