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09/01/2007 - 19h16

Petróleo em baixa derruba Bovespa; risco tem leve alta com Venezuela

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DENYSE GODOY
da Folha Online

A queda dos preços do petróleo no mercado internacional foi a causa de bastante mau humor na Bovespa nesta terça-feira. A Bolsa brasileira, que na mínima durante o expediente atingiu os 41.437 pontos, fechou em baixa de 1,92%, aos 42.006 pontos, com giro de R$ 4,168 bilhões.

O barril de petróleo em Nova York chegou a recuar até US$ 53, mas terminou o dia em baixa de 0,89%, vendido a US$ 55,63, devido ao inverno menos rigoroso nos Estados Unidos e da expectativa de aumento dos estoques do país. Assim, as ações preferenciais da Petrobras, que estão entre as mais negociadas do pregão, perderam 2,14%, negociadas a R$ 45,59. As ordinárias tiveram desvalorização de 2,02%, a R$ 50,26.

"Se um papel como esse cai tanto, os investidores ficam com medo e passam a vender outras ações", explica Pedro Galdi, analista da corretora do Banco Real. "Mas o cenário econômico local continuam os mesmos, os fundamentos não mudaram e a situação das empresas nacionais é muito confortável."

Em Wall Street, houve bastante oscilação. A Bolsa de Nova York caiu 0,08%, para 12.415,64 pontos com a baixa dos papéis de empresas de energia, e a Nasdaq (que reúne ações de empresas de tecnologia) conseguiu se recuperar ao término do pregão: teve alta de 0,47%, aos 2.449,69 pontos.

A agenda fraca de indicadores econômicos deixa os investidores mais cautelosos e pode provocar alguma volatilidade nervosismo. De dado importante, somente as vendas do setor varejista, que saem na sexta-feira. A previsão dos economistas é de que tenham crescido 0,7% em dezembro.

A partir dos números divulgados, os analistas buscam fazer previsões mais firmes a respeito da inflação americana e do rumo dos juros nos Estados Unidos. Havia a aposta em uma redução da taxa --atualmente, em 5,25% ao ano-- ainda no primeiro semestre de 2006, mas tal possibilidade parece estar ficando mais longe.

Câmbio

O dólar comercial teve queda de 0,09%, vendido a R$ 2,149. O paralelo ficou estável em R$ 2,38 e o turismo se manteve em R$ 2,26.

O risco-país subiu 1,53%, para 199 pontos. Essa elevação, segundo analistas, reflete em parte o descontentamento dos investidores diante da decisão de Hugo Chávez, presidente da Venezuela, de nacionalizar os setores de energia e telecomunicações do país. A medida, em um primeiro momento, acaba atingindo a percepção de risco dos países emergentes de forma geral. No entanto, como o governo brasileiro já demonstrou que não tem intenção de tomar atitudes como essa, os seus efeitos devem ser limitados. "Os estrangeiros já sabem diferenciar o Brasil dos outros países da América Latina. Estão conscientes de que não somos a Venezuela", diz Galdi.

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