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12/02/2007
-
09h42
FABRICIO VIEIRA
da Folha de S.Paulo
O pequeno investidor passou a contar, na última sexta-feira, com uma nova possibilidade de aplicação no mercado acionário. A novidade permite que ele proteja parte de seus recursos, limitando os riscos de perder dinheiro ao investir em ações.
Batizado de POP (Proteção do Investimento com Participação), o novo produto financeiro arquitetado pela Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) utiliza operações no mercado de opções para minimizar as perdas no caso de as ações se desvalorizarem.
Na prática, o pequeno investidor comprará um POP e acertará um nível de proteção (80%, 70% ou um outro percentual) de seu investimento que ficará coberto, não sendo afetado por uma eventual queda das ações.
O custo dessa "proteção" é o compromisso de repassar uma parcela de seus eventuais lucros para quem assume o risco do POP.
"O POP é um produto destinado à pessoa física", diz Roberto Lee, diretor da Win --home broker da Alpes Corretora.
"Ao fazer um POP, o investidor abre mão de parte do lucro que teria se aplicasse em uma ação normal e esta subisse. Mas vai conseguir entrar na Bolsa com um menor risco de perda caso os papéis em que aplicou caiam", afirma Lee.
Menor risco
Esse tipo de operação não é inédito. Os grandes investidores contam com aplicações conhecidas como "capital protegido" que têm estrutura similar à do POP.
A diferença agora é que o investidor com montante menor de recursos poderá se aproveitar dessas possibilidades oferecidas pelo mercado.
"O POP é uma forma de atrair mais gente ao mercado acionário. O produto vai ao encontro de uma demanda reprimida, de pessoas que temem os riscos que a Bolsa carrega", afirma Flávio Zullo, gerente da HSBC Corretora.
Importante é o investidor entender que sempre haverá riscos no mercado acionário. E para obter as vantagens oferecidas pelo POP, ele tem de respeitar a estrutura do produto, sendo importante carregá-lo até seu vencimento.
As primeiras séries de POP oferecidas têm vencimentos de seis meses (em agosto) e de 12 meses (em fevereiro de 2008).
Para compensar as possíveis desvalorizações das ações, o produto será formado por uma ação negociada no mercado à vista e por seus papéis correspondentes de compra e venda no mercado de opções.
Exemplo
Um exemplo hipotético: o investidor comprou um POP de Petrobras, com a ação valendo R$ 50 e protegendo 80% de seu investimento.
Se essa aplicação no POP foi de R$ 5.000 e, após seis meses, a ação teve queda de 40% (para R$ 30), o investidor terá R$ 4.600 no final do negócio. Em uma situação normal de investimento direto de ação na Bolsa, o investidor passaria a ter, após a queda do papel, apenas R$ 3.000.
Mas se a ação subiu no período, o ganho do investidor, na mesma situação, seria menor com o POP do que com a compra direta da ação em Bolsa.
Com a ação subindo 40% (para R$ 70), a aplicação inicial saltaria para R$ 7.000. Quem fez o POP tem de ceder parte de seu lucro (20%, por exemplo) ao vendedor da proteção, ficando no final com R$ 6.600.
Ofertas
Na primeira etapa foram oferecidos POP de sete empresas e também do certificado de PIBB (Papéis Índice Brasil Bovespa, vendido pelo BNDES).
As ações com as quais foram montados os POPs por enquanto são as seguintes: Petrobras PN, Vale do Rio Doce PNA, Bradesco PN, Usiminas PNA, Telemar PN, Itaú PN e Siderúrgica Nacional ON.
"É uma estrutura complicada para um produto simples que busca solucionar o receio do investidor em relação ao risco da renda variável", afirmou o superintendente-geral da Bovespa, Gilberto Mifano, quando apresentou o produto.
Estréia
O pregão de sexta-feira marcou a estréia do POP. Foram realizados 59 negócios com o novo produto, que movimentaram um volume total de R$ 1,35 milhão.
O primeiro negócio a ser realizado envolveu um POP de Petrobras com vencimento em agosto deste ano.
A estréia deveria ter ocorrido uma semana antes, no dia 2 deste mês. Mas a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) pediu à Bovespa e à CBLC (Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia) mais esclarecimentos em relação ao novo produto financeiro. Por isso, houve esse atraso no lançamento do POP no mercado.
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"Proteção" diminui risco de perda na Bolsa
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da Folha de S.Paulo
O pequeno investidor passou a contar, na última sexta-feira, com uma nova possibilidade de aplicação no mercado acionário. A novidade permite que ele proteja parte de seus recursos, limitando os riscos de perder dinheiro ao investir em ações.
Batizado de POP (Proteção do Investimento com Participação), o novo produto financeiro arquitetado pela Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) utiliza operações no mercado de opções para minimizar as perdas no caso de as ações se desvalorizarem.
Na prática, o pequeno investidor comprará um POP e acertará um nível de proteção (80%, 70% ou um outro percentual) de seu investimento que ficará coberto, não sendo afetado por uma eventual queda das ações.
O custo dessa "proteção" é o compromisso de repassar uma parcela de seus eventuais lucros para quem assume o risco do POP.
"O POP é um produto destinado à pessoa física", diz Roberto Lee, diretor da Win --home broker da Alpes Corretora.
"Ao fazer um POP, o investidor abre mão de parte do lucro que teria se aplicasse em uma ação normal e esta subisse. Mas vai conseguir entrar na Bolsa com um menor risco de perda caso os papéis em que aplicou caiam", afirma Lee.
Menor risco
Esse tipo de operação não é inédito. Os grandes investidores contam com aplicações conhecidas como "capital protegido" que têm estrutura similar à do POP.
A diferença agora é que o investidor com montante menor de recursos poderá se aproveitar dessas possibilidades oferecidas pelo mercado.
"O POP é uma forma de atrair mais gente ao mercado acionário. O produto vai ao encontro de uma demanda reprimida, de pessoas que temem os riscos que a Bolsa carrega", afirma Flávio Zullo, gerente da HSBC Corretora.
Importante é o investidor entender que sempre haverá riscos no mercado acionário. E para obter as vantagens oferecidas pelo POP, ele tem de respeitar a estrutura do produto, sendo importante carregá-lo até seu vencimento.
As primeiras séries de POP oferecidas têm vencimentos de seis meses (em agosto) e de 12 meses (em fevereiro de 2008).
Para compensar as possíveis desvalorizações das ações, o produto será formado por uma ação negociada no mercado à vista e por seus papéis correspondentes de compra e venda no mercado de opções.
Exemplo
Um exemplo hipotético: o investidor comprou um POP de Petrobras, com a ação valendo R$ 50 e protegendo 80% de seu investimento.
Se essa aplicação no POP foi de R$ 5.000 e, após seis meses, a ação teve queda de 40% (para R$ 30), o investidor terá R$ 4.600 no final do negócio. Em uma situação normal de investimento direto de ação na Bolsa, o investidor passaria a ter, após a queda do papel, apenas R$ 3.000.
Mas se a ação subiu no período, o ganho do investidor, na mesma situação, seria menor com o POP do que com a compra direta da ação em Bolsa.
Com a ação subindo 40% (para R$ 70), a aplicação inicial saltaria para R$ 7.000. Quem fez o POP tem de ceder parte de seu lucro (20%, por exemplo) ao vendedor da proteção, ficando no final com R$ 6.600.
Ofertas
Na primeira etapa foram oferecidos POP de sete empresas e também do certificado de PIBB (Papéis Índice Brasil Bovespa, vendido pelo BNDES).
As ações com as quais foram montados os POPs por enquanto são as seguintes: Petrobras PN, Vale do Rio Doce PNA, Bradesco PN, Usiminas PNA, Telemar PN, Itaú PN e Siderúrgica Nacional ON.
"É uma estrutura complicada para um produto simples que busca solucionar o receio do investidor em relação ao risco da renda variável", afirmou o superintendente-geral da Bovespa, Gilberto Mifano, quando apresentou o produto.
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A estréia deveria ter ocorrido uma semana antes, no dia 2 deste mês. Mas a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) pediu à Bovespa e à CBLC (Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia) mais esclarecimentos em relação ao novo produto financeiro. Por isso, houve esse atraso no lançamento do POP no mercado.
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