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12/02/2007
-
15h29
CLARICE SPITZ
da Folha Online, no Rio
A Petrobras deve registrar lucro líquido de mais de R$ 25 bilhões em 2006, de acordo com estimativas de analistas do setor.
A estatal deve divulgar amanhã de manhã seu resultado do ano passado. O banco Brascan acredita que o lucro da empresa de petróleo pode ter chegado a R$ 28,3 bilhões. Já o Crédit Suisse aposta em R$ 27,1 bilhões e a corretora Ágora, em 26,9 bilhões.
Se confirmado qualquer um desses resultados a empresa terá obtido um novo recorde , já que até agora seu maior ganho histórico foi registrado em 2005, de R$ 23,7 bilhões.
Mesmo com a expectativa de lucro recorde em 2006, a Petrobras deve registrar um resultado no quarto trimestre até 23,4% abaixo do mesmo período do ano passado.
O balanço da estatal deve ser afetado, segundo analistas, pela queda dos preços do petróleo no mercado internacional e pelo atraso da entrada em operação de plataformas, o que elevou custos.
O Crédit Suisse menciona em seu relatório a pressão da queda do preço do petróleo e o aumento dos custos em razão da baixa utilização de três plataformas: a P-50, a FPSO Capixaba e a P-34.
'Nós esperamos que o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) e o lucro caiam, sobretudo, por conta da maior pressão dos preços do petróleo e da continuidade das pressões de custo observadas em 2006'.
O banco espera que o lucro da estatal no quarto trimestre fique em R$ 6,4 bilhões e calcula o Ebitda da companhia no período em R$ 11,9 bilhões.
Segundo a corretora Brascan, embora os preços de venda da Petrobras não acompanhem a volatilidade do preço do petróleo no mercado internacional --60% da receita está atrelada a produtos como gasolina e diesel que não sofrem reajuste desde o último semestre de 2005-- 'o QAV, o nafta e o óleo combustível serão afetados pelas oscilações de preços'.
De acordo com a corretora, é preciso estar atento ao gerenciamento dos custos da empresa.
A corretora projeta um lucro líquido de R$ 7,631 bilhões no quarto trimestre.
A instituição afirma ainda que o maior risco visualizado diz respeito à possibilidade de aumento de investimentos entre 2007 e 2011 em razão do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), 'o que fomenta certa incerteza sobre os novos valores do investimento a serem anunciados em maio'.
O atraso na entrada em operação das plataformas também foi citado por Luiz Otávio Broad, analista da corretora Ágora Sênior, como freio ao resultado do último trimestre do ano. Ele projeta um lucro de R$ 6,2 bilhões nos últimos três meses do ano. 'Custos e despesas ainda estão elevados e o quarto trimestre tem um volume mais fraco de vendas.'
Produção
A produção média de petróleo e gás da Petrobras no Brasil em 2006 foi de 1,777 milhão de barris por dia e o país não conseguiu atingir a auto-suficiência sustentável no ano passado. No ano anterior, a média ficou em 1,684 milhão de barris por dia.
No mês de dezembro, a produção cresceu 1% sobre o volume produzido no mesmo mês do ano anterior e chegou a 1,832 milhão de barris por dia.
Segundo a estatal, as principais razões para o aumento da produção são a entrada em operação dos poços ABL-68 e ABL-11, interligados à plataforma P-50 (Albacora Leste), e à entrada em operação da plataforma P-34, no Campo de Jubarte.
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Petrobras deve anunciar lucro recorde de mais de R$ 25 bi em 2006
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da Folha Online, no Rio
A Petrobras deve registrar lucro líquido de mais de R$ 25 bilhões em 2006, de acordo com estimativas de analistas do setor.
A estatal deve divulgar amanhã de manhã seu resultado do ano passado. O banco Brascan acredita que o lucro da empresa de petróleo pode ter chegado a R$ 28,3 bilhões. Já o Crédit Suisse aposta em R$ 27,1 bilhões e a corretora Ágora, em 26,9 bilhões.
Se confirmado qualquer um desses resultados a empresa terá obtido um novo recorde , já que até agora seu maior ganho histórico foi registrado em 2005, de R$ 23,7 bilhões.
Mesmo com a expectativa de lucro recorde em 2006, a Petrobras deve registrar um resultado no quarto trimestre até 23,4% abaixo do mesmo período do ano passado.
O balanço da estatal deve ser afetado, segundo analistas, pela queda dos preços do petróleo no mercado internacional e pelo atraso da entrada em operação de plataformas, o que elevou custos.
O Crédit Suisse menciona em seu relatório a pressão da queda do preço do petróleo e o aumento dos custos em razão da baixa utilização de três plataformas: a P-50, a FPSO Capixaba e a P-34.
'Nós esperamos que o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) e o lucro caiam, sobretudo, por conta da maior pressão dos preços do petróleo e da continuidade das pressões de custo observadas em 2006'.
O banco espera que o lucro da estatal no quarto trimestre fique em R$ 6,4 bilhões e calcula o Ebitda da companhia no período em R$ 11,9 bilhões.
Segundo a corretora Brascan, embora os preços de venda da Petrobras não acompanhem a volatilidade do preço do petróleo no mercado internacional --60% da receita está atrelada a produtos como gasolina e diesel que não sofrem reajuste desde o último semestre de 2005-- 'o QAV, o nafta e o óleo combustível serão afetados pelas oscilações de preços'.
De acordo com a corretora, é preciso estar atento ao gerenciamento dos custos da empresa.
A corretora projeta um lucro líquido de R$ 7,631 bilhões no quarto trimestre.
A instituição afirma ainda que o maior risco visualizado diz respeito à possibilidade de aumento de investimentos entre 2007 e 2011 em razão do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), 'o que fomenta certa incerteza sobre os novos valores do investimento a serem anunciados em maio'.
O atraso na entrada em operação das plataformas também foi citado por Luiz Otávio Broad, analista da corretora Ágora Sênior, como freio ao resultado do último trimestre do ano. Ele projeta um lucro de R$ 6,2 bilhões nos últimos três meses do ano. 'Custos e despesas ainda estão elevados e o quarto trimestre tem um volume mais fraco de vendas.'
Produção
A produção média de petróleo e gás da Petrobras no Brasil em 2006 foi de 1,777 milhão de barris por dia e o país não conseguiu atingir a auto-suficiência sustentável no ano passado. No ano anterior, a média ficou em 1,684 milhão de barris por dia.
No mês de dezembro, a produção cresceu 1% sobre o volume produzido no mesmo mês do ano anterior e chegou a 1,832 milhão de barris por dia.
Segundo a estatal, as principais razões para o aumento da produção são a entrada em operação dos poços ABL-68 e ABL-11, interligados à plataforma P-50 (Albacora Leste), e à entrada em operação da plataforma P-34, no Campo de Jubarte.
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