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09/04/2007
-
11h57
EPAMINONDAS NETO
da Folha Online
A taxa de risco-país do Brasil recua para o seu menor valor histórico, aos 155 pontos, em queda de 3,72%, nesta segunda-feira. Após a interrupção de três dias pelo feriado religioso, o mercado mundial retoma suas atividades sob o impacto de números mais positivos que o esperado da economia americana.
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) opera em alta de 0,99%, no patamar recorde dos 47.108 pontos, com volume financeiro de R$ 949,4 milhões.
No mercado de câmbio brasileiro, o dólar comercial é cotado a R$ 2,024 para venda, em queda de 0,44%, mantendo-se em sua menor cotação dos últimos seis anos. A taxa de câmbio já atingiu a mínima de R$ 2,022 durante a manhã.
Na sexta-feira, o governo americano revelou que a taxa de desemprego foi de 4,4% em março --ante 4,5% em fevereiro, enquanto a geração de empregos foi de 180.000 postos de trabalho, um resultado que superou por larga margem as previsões que circularam no mercado financeiro nas últimas semanas e que oscilavam entre 130.000 e 150.000, no máximo. Os números animam o otimismo das Bolsas mundiais, ainda com a ausência dos pregões europeus.
Para analistas, o número mostrou que o mercado de trabalho continua forte, apesar dos problemas no setor imobiliário, principalmente no segmento "subprime" (com crédito mais problemáticos). Investidores temem que as dificuldades no setor contaminem o restante da economia e aprofundem a desaceleração, já esperada, para a maior economia do planeta.
Em um cenário mais pessimista, os EUA já estariam a caminho de uma recessão, mas a economia ainda sofreria com pressões inflacionárias, o que impediria um alívio na taxa de juros básica do país. O dado de sexta-feira sobre o mercado de trabalho, no entanto, reforçou as expectativas de um quadro menos negativo, com um crescimento econômico em ritmo mais moderado.
Risco
A derrocada das taxas de risco dos países emergentes, o que vem ocorrendo de forma gradativa desde o ano passado, acompanha uma revisão muito mais positiva sobre essas economias pelas instituições responsáveis por essas classificações, além de investidores em geral.
Essas instituições destacam a maior "resistência" dos emergentes às crises financeiras, após melhorarem o estado das contas públicas e promoverem reformas econômicas.
Na semana passada, o banco americano Merryll Lynch emitiu um relatório para seus clientes, elevando a recomendação do país, isto é, recomendando que os investidores aumentem seus recursos em ativos brasileiros.
A agência de classificação de risco Standard&Poor's, em outro relatório, notou que a revisão do PIB brasileiro dos últimos anos melhorou a condição fiscal do Brasil, numa indicação de que o país tem perspectivas positivas para melhorar sua classificação de risco ("rating").
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Bovespa bate recorde, enquanto risco-país despenca para menor valor histórico
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A taxa de risco-país do Brasil recua para o seu menor valor histórico, aos 155 pontos, em queda de 3,72%, nesta segunda-feira. Após a interrupção de três dias pelo feriado religioso, o mercado mundial retoma suas atividades sob o impacto de números mais positivos que o esperado da economia americana.
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) opera em alta de 0,99%, no patamar recorde dos 47.108 pontos, com volume financeiro de R$ 949,4 milhões.
No mercado de câmbio brasileiro, o dólar comercial é cotado a R$ 2,024 para venda, em queda de 0,44%, mantendo-se em sua menor cotação dos últimos seis anos. A taxa de câmbio já atingiu a mínima de R$ 2,022 durante a manhã.
Na sexta-feira, o governo americano revelou que a taxa de desemprego foi de 4,4% em março --ante 4,5% em fevereiro, enquanto a geração de empregos foi de 180.000 postos de trabalho, um resultado que superou por larga margem as previsões que circularam no mercado financeiro nas últimas semanas e que oscilavam entre 130.000 e 150.000, no máximo. Os números animam o otimismo das Bolsas mundiais, ainda com a ausência dos pregões europeus.
Para analistas, o número mostrou que o mercado de trabalho continua forte, apesar dos problemas no setor imobiliário, principalmente no segmento "subprime" (com crédito mais problemáticos). Investidores temem que as dificuldades no setor contaminem o restante da economia e aprofundem a desaceleração, já esperada, para a maior economia do planeta.
Em um cenário mais pessimista, os EUA já estariam a caminho de uma recessão, mas a economia ainda sofreria com pressões inflacionárias, o que impediria um alívio na taxa de juros básica do país. O dado de sexta-feira sobre o mercado de trabalho, no entanto, reforçou as expectativas de um quadro menos negativo, com um crescimento econômico em ritmo mais moderado.
Risco
A derrocada das taxas de risco dos países emergentes, o que vem ocorrendo de forma gradativa desde o ano passado, acompanha uma revisão muito mais positiva sobre essas economias pelas instituições responsáveis por essas classificações, além de investidores em geral.
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