Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
10/04/2007 - 00h15

Bolsa atinge recorde, dólar tem menor valor em seis anos e risco mantém queda

Publicidade

da Folha Online

O menor risco de uma recessão na economia dos Estados Unidos gerou otimismo no mercado brasileiro e mundial ontem (9). Por causa disso o mercado abre hoje cheio de boas notícias.

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) operou positiva durante todo o dia e encerrou a segunda-feira em alta de 0,45%, com inéditos 46.854 pontos. Foi o terceiro recorde de pontuação seguido. O movimento financeiro do mercado acionário paulista somou R$ 3,1 bilhões no dia.

O risco-país brasileiro mantinha a queda de 3,7% no início da noite, a 155 pontos, menor patamar da história.

O dólar comercial cravou a quinta queda consecutiva ao fechar com baixa de 0,39%, a R$ 2,025 na venda --menor valor desde março de 2001.

Hoje
Nesta terça-feira, sem se contaminar pelo otimismo, Tóquio fechou em baixa (-0,45%).

Para Sidnei Moura Nehme, diretor-executivo e economista da NGO Corretora, se o cenário permanecer como está, o dólar deverá romper a barreira dos R$ 2 no curto prazo.

Na última sexta-feira (6), o governo dos EUA revelou que a taxa de desemprego daquele país foi de 4,4% em março --ante 4,5% em fevereiro--, com a geração de 180.000 postos de trabalho, um resultado que superou por larga margem as previsões que circularam no mercado financeiro nas últimas semanas e que oscilavam entre 130.000 e 150.000, no máximo. Os números animaram o mercado mundial.

A Bolsa de Tóquio, um dos importantes mercados da Ásia, encerrou o pregão de segunda-feira com ganhos de 1,48%. O índice Nikkei cravou sua maior pontuação (17.743) desde 27 de fevereiro, com a repercussão positiva sobre emprego nos EUA.

Já no mercado norte-americano as Bolsas fecharam com sinais opostos na segunda-feira. O índice Dow Jones subiu 0,07%, encerrando as operações a 12.569,14 pontos. O Nasdaq recuou 0,09%, terminando o pregão a 2.469,18 pontos, influenciado por resultados de empresas.

Para analistas, o número sobre empregos nos EUA mostrou que o mercado de trabalho continua forte naquele país, apesar dos problemas no setor imobiliário, principalmente no segmento "subprime" (com crédito mais problemáticos). Investidores temem que as dificuldades no setor contaminem o restante da economia e aprofundem a desaceleração, já esperada, para a maior economia do planeta.

Em um cenário mais pessimista, os EUA já estariam a caminho de uma recessão, mas a economia ainda sofreria com pressões inflacionárias que impediria um alívio na taxa de juros básica do país. O dado de sexta-feira sobre o mercado de trabalho, no entanto, reforçou o cenário de que os Estados Unidos somente caminham para um crescimento econômico em ritmo mais moderado.

Para Nehme, os dados divulgados nos EUA diminuíram a preocupação com a recessão econômica naquele país e reduziram a aversão ao risco, o que favoreceu mercados emergentes, como o Brasil.

Bovespa

O destaque de alta no Ibovespa (principal índice da Bolsa paulista) na segunda-feira ficou com as ações preferenciais da Brasil Telecom (+6,30%), além dos papéis ordinários e preferenciais da Telemar, que subiram 6,24% e 6,02%, respectivamente. As ações preferenciais da Brasil Telecom e da Telemar figuraram entre as dez mais negociadas do mercado à vista da Bolsa.

Já o papel preferencial da Petrobras, o mais negociado da Bovespa, recuou 0,3%, para R$ 46,06, influenciado, entre outras coisas, pela queda do preço do petróleo no mercado internacional.

Na Nymex (New York Mercantile Exchange), o barril de "light sweet" para entrega em maio perdeu US$ 2,77 no dia e fechou a US$ 61,51.

Na Bolsa de Londres, o barril de brent recuou US$ 1,28, para US$ 66,59 no contrato de maio.

Risco

A derrocada das taxas de risco dos países emergentes, o que vem ocorrendo de forma gradativa desde o ano passado, acompanha uma revisão muito mais positiva sobre essas economias pelas instituições responsáveis por essas classificações, além de investidores em geral.

Essas instituições destacam a maior "resistência" dos emergentes às crises financeiras, após melhorarem o estado das contas públicas e promoverem reformas econômicas.

Na semana passada, o banco americano Merryll Lynch emitiu um relatório para seus clientes, elevando a recomendação do país, isto é, recomendando que os investidores aumentem seus recursos em ativos brasileiros.

A agência de classificação de risco Standard&Poor's, em outro relatório, notou que a revisão do PIB brasileiro dos últimos anos melhorou a condição fiscal do Brasil, numa indicação de que o país tem perspectivas positivas para melhorar sua classificação de risco ("rating").

Leia mais
  • Países produtores de gás descartam "Opep do gás" e criam comitê de mercado
  • Saldo da balança comercial acumula queda de mais de 9% no ano
  • FMI afirma que riscos sobre economia mundial diminuíram nos últimos seis meses
  • Mercado ajusta expectativa de crescimento da economia

    Especial
  • Acompanhe a cotação do dólar durante o dia
  • Leia o que já foi publicado sobre a cotação do dólar
  • Leia o que já foi publicado sobre a Bovespa
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página