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10/04/2007
-
18h18
IVONE PORTES
da Folha Online
O preço dos remédios subiu bem mais do que a inflação nos últimos quatros anos, segundo levantamento feito pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
De acordo com o levantamento, de janeiro de 2003 a março de 2007 o ICV (Índice do Custo de Vida) do Dieese acumulou inflação de 28,30%, contra um reajuste de 33,41% nos medicamentos.
As maiores altas, segundo o Dieese, foram detectadas nos analgésicos e vitaminas, de 58,82% e 36,74%, respectivamente.
Os medicamentos para vias respiratórias subiram 33,85%, seguidos pelos antiinflamatórios (33,19%), remédios para sistema nervoso (32,71%), antialérgicos (30,04%), cardiovasculares (29,04%), diabete (28,77%), ginecológicos (28,76%), anticoncepcional (27,62%), vias urinárias (27,45%), dermatológicos (26,20%), gástrico (24,50%) e antibióticos
De acordo com o instituto de pesquisa, durante muito tempo a alta do dólar serviu de justificativa para os aumentos nos remédios, em razão do custo dos insumos importados sobre a produção do setor.
Entretanto, o estudo do Dieese mostra que, entre 2003 e 2007, o dólar médio anual passou de R$ 3,07 para R$ 2,11, o que significa uma queda da ordem de 31,35%.
"Portanto, os reajustes já praticados neste período analisado seriam mais que suficientes para repor eventuais perdas com a inflação interna, não havendo necessidade, aparente, de mais aumentos", divulgou o Dieese.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou, a partir de 31 de março último, um aumento máximo de 3,02% para os remédios. O reajuste foi dividido em três categorias, que variam de acordo com a participação dos medicamentos genéricos.
Para o grupo de remédios em que os genéricos têm participação de mercado de mais de 20% foi autorizado um reajuste máximo de 3,02%. Aqueles em que a participação está entre 15% e 20%, o aumento podia ir até 2,01%. Para o grupo de medicamentos que tem uma participação de genéricos abaixo de 15%, o reajuste permitido foi de 1%.
Anvisa
A agência informou no mês passado em seu site, entretanto, que cerca de 300 medicamentos de uso contínuo, com tarja preta ou vermelha, poderiam ter redução de 11% no preço ao consumidor.
A redução ocorreria por conta da isenção do PIS/Cofins, que está sendo concedida para mais 72 substâncias. Hoje, cerca de 65% dos medicamentos sujeitos à regulação de preços são isentos.
Para que a queda ocorra, porém, as empresas terão que pedir uma reavaliação para a Anvisa.
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O preço dos remédios subiu bem mais do que a inflação nos últimos quatros anos, segundo levantamento feito pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
De acordo com o levantamento, de janeiro de 2003 a março de 2007 o ICV (Índice do Custo de Vida) do Dieese acumulou inflação de 28,30%, contra um reajuste de 33,41% nos medicamentos.
As maiores altas, segundo o Dieese, foram detectadas nos analgésicos e vitaminas, de 58,82% e 36,74%, respectivamente.
Os medicamentos para vias respiratórias subiram 33,85%, seguidos pelos antiinflamatórios (33,19%), remédios para sistema nervoso (32,71%), antialérgicos (30,04%), cardiovasculares (29,04%), diabete (28,77%), ginecológicos (28,76%), anticoncepcional (27,62%), vias urinárias (27,45%), dermatológicos (26,20%), gástrico (24,50%) e antibióticos
De acordo com o instituto de pesquisa, durante muito tempo a alta do dólar serviu de justificativa para os aumentos nos remédios, em razão do custo dos insumos importados sobre a produção do setor.
Entretanto, o estudo do Dieese mostra que, entre 2003 e 2007, o dólar médio anual passou de R$ 3,07 para R$ 2,11, o que significa uma queda da ordem de 31,35%.
"Portanto, os reajustes já praticados neste período analisado seriam mais que suficientes para repor eventuais perdas com a inflação interna, não havendo necessidade, aparente, de mais aumentos", divulgou o Dieese.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou, a partir de 31 de março último, um aumento máximo de 3,02% para os remédios. O reajuste foi dividido em três categorias, que variam de acordo com a participação dos medicamentos genéricos.
Para o grupo de remédios em que os genéricos têm participação de mercado de mais de 20% foi autorizado um reajuste máximo de 3,02%. Aqueles em que a participação está entre 15% e 20%, o aumento podia ir até 2,01%. Para o grupo de medicamentos que tem uma participação de genéricos abaixo de 15%, o reajuste permitido foi de 1%.
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A agência informou no mês passado em seu site, entretanto, que cerca de 300 medicamentos de uso contínuo, com tarja preta ou vermelha, poderiam ter redução de 11% no preço ao consumidor.
A redução ocorreria por conta da isenção do PIS/Cofins, que está sendo concedida para mais 72 substâncias. Hoje, cerca de 65% dos medicamentos sujeitos à regulação de preços são isentos.
Para que a queda ocorra, porém, as empresas terão que pedir uma reavaliação para a Anvisa.
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