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13/04/2007 - 15h59

Maioria do mercado aposta em corte da taxa Selic para 12,50%

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EPAMINONDAS NETO
da Folha Online

A maioria do mercado aposta em um corte de 0,25 ponto percentual no juro básico da economia brasileira na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que acontece na semana que vem. A previsão é de que a taxa seja reduzida para 12,50% ao ano.

Maurício Molan, economista sênior do banco Santander, avalia que a "opção mais provável" do Copom é de continuidade do ritmo de cortes de 0,25 ponto até o final de 2008. Ele lembra a defasagem de meses entre as decisões da política monetária e os efeitos na economia real, e que a autoridade mira o cumprimento de metas de inflação "em um horizonte de 12 a 18 meses.

"Acreditamos que, para voltar a cortar 0,50 [ponto percentual] por reunião, seriam necessários dados um pouco mais fracos de atividade, ao passo que, para interromper o ritmo de cortes, seriam necessárias informações que sugerissem atividade muito forte", acrescenta.

"O dólar está baixo, os índices de inflação estão abaixo da meta, os termos do mercados melhoraram bastante. O Copom pode reduzir a taxa em 0,50 ponto percentual, até como forma de evitar uma queda maior das taxas de câmbio, que já teriam caído abaixo de R$ 2,00 há muito tempo se não fossem as intervenções do Banco Central. Mas eu sei que estou em minoria no mercado", afirma Emerson Lambrecht, diretor de operações da corretora Solidus.

Inflação em baixa

A economista Maristella Ansanelli, do banco Fibra, lista as razões para que o Comitê mantenha o corte de 0,25 ponto na próxima reunião: por um lado, os últimos índices de inflação foram mais baixos que o esperado, com a contribuição importante dos preços no atacado; a tendência de queda é reforçada pelo dólar mais baixo. Na estimativa do banco, o IPCA deve bater 3,7% neste ano e 4% em 2008.

Por outro lado, a economia do país mostra sinais de reaquecimento, com a recuperação da produção industrial, já indicada pelo comportamento das vendas no comércio. "Vale ressaltar o ótimo desempenho do setor de bens de capital, o que reflete investimentos no aumento da capacidade produtiva", afirma a economista.

A economista do Fibra também trabalha com a expectativa de cortes de 0,25 ponto percentual até o final deste ano, com a taxa Selic projetada em 11,25% no mês de dezembro.

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