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20/04/2007
-
16h40
da Folha Online
O governo boliviano anunciou nesta sexta-feira que vai reduzir as exportações de gás para a Argentina e Brasil e justificou a medida pela produção menor do campo San Alberto, explorado pela Petrobras. A Bolívia é a origem de mais de 40% das necessidades diárias do Brasil em termos de consumo de gás natural.
O presidente da estatal petrolífera YPFB, Sebastián Daroca, afirmou que a redução das exportações foi uma medida para assegurar o fornecimento de gás para o mercado boliviano após a queda da produção autorizada no campo San Alberto de 10 a 3,4 milhões de metros cúbicos diários. O campo é explorado por uma parceria entre a Petrobras, a hispano-argentina Repsol e a franco-belga TotalFinalElf.
Segundo o executivo, a exportação para a Argentina deve baixar de 5 a 1,2 milhão de metros cúbicos diários. A estatal também vai suspender o envio de 1,2 milhão para Cuiabá, além de reduzir as exportações para São Paulo, pela Petrobras, de 24,6 milhões para 24 milhões de metros cúbicos.
Daroca ainda confirmou que foram canceladas as exportações para São Paulo pela British Gas, por meio da empresa brasileira Comgás. O presidente da estatal boliviana, no entanto, não soube precisar exatamente o volume afetado neste caso.
No caso de São Paulo, a redução é muito pequena para afetar o consumidor. No caso da usina termelétrica de Cuiabá (Pantanal Energia), a interrupção no fornecimento também não deverá interferir no abastecimento de energia para o Sistema Interligado Nacional, segundo técnicos consultados pela Folha Online.
A usina estaria operando próxima da capacidade mínima (240 MW médios por dia) e poderia ainda utilizar óleo para manter a geração de energia. A Folha Online apurou ainda que o gás existente na tubulação de transporte entre a Bolívia e a usina seria suficiente para manter esse mesmo nível de geração de energia por cerca de uma semana.
Entrave
Daroca ainda afirmou que o governo boliviano vai comunicar oficialmente tanto o Brasil quanto a Argentina que a medida foi tomada como resposta aos protestos desencadeados no sul do país, resultado de uma disputa por fronteiras entre províncias bolivianas.
Os prejuízos com a suspensão das exportações são estimados US$ 980 mil por dia para a Bolívia. Se o campo San Alberto efetivamente suspender sua produção, os danos podem subir para US$ 2 milhões.
O campo San Alberto possivelmente deixará de produzir no próximo domingo, já que suas fábricas não poderão enviar os combustíveis líquidos aos oleodutos.
O processo é travado pela ocupação e os destroços provocados por manifestantes em uma fábrica da companhia Transredes, filial da anglo-holandesa Shell e a britânica Ashmore, de onde bombeia o gás enviado à Argentina. "No domingo a capacidade de armazenamento de líquidos estará completa e o campo terá que parar", afirmou Daroca.
As províncias Gran Chaco e O'Connors brigam pelos direitos territoriais sobre o campo Margarita, que contém 20% das reservas de gás da Bolívia. Por conta desses conflitos, cerca de 1.000 bolivianos cercaram uma unidade da Transredes.
Com agências internacionais
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O governo boliviano anunciou nesta sexta-feira que vai reduzir as exportações de gás para a Argentina e Brasil e justificou a medida pela produção menor do campo San Alberto, explorado pela Petrobras. A Bolívia é a origem de mais de 40% das necessidades diárias do Brasil em termos de consumo de gás natural.
O presidente da estatal petrolífera YPFB, Sebastián Daroca, afirmou que a redução das exportações foi uma medida para assegurar o fornecimento de gás para o mercado boliviano após a queda da produção autorizada no campo San Alberto de 10 a 3,4 milhões de metros cúbicos diários. O campo é explorado por uma parceria entre a Petrobras, a hispano-argentina Repsol e a franco-belga TotalFinalElf.
Segundo o executivo, a exportação para a Argentina deve baixar de 5 a 1,2 milhão de metros cúbicos diários. A estatal também vai suspender o envio de 1,2 milhão para Cuiabá, além de reduzir as exportações para São Paulo, pela Petrobras, de 24,6 milhões para 24 milhões de metros cúbicos.
Daroca ainda confirmou que foram canceladas as exportações para São Paulo pela British Gas, por meio da empresa brasileira Comgás. O presidente da estatal boliviana, no entanto, não soube precisar exatamente o volume afetado neste caso.
No caso de São Paulo, a redução é muito pequena para afetar o consumidor. No caso da usina termelétrica de Cuiabá (Pantanal Energia), a interrupção no fornecimento também não deverá interferir no abastecimento de energia para o Sistema Interligado Nacional, segundo técnicos consultados pela Folha Online.
A usina estaria operando próxima da capacidade mínima (240 MW médios por dia) e poderia ainda utilizar óleo para manter a geração de energia. A Folha Online apurou ainda que o gás existente na tubulação de transporte entre a Bolívia e a usina seria suficiente para manter esse mesmo nível de geração de energia por cerca de uma semana.
Entrave
Daroca ainda afirmou que o governo boliviano vai comunicar oficialmente tanto o Brasil quanto a Argentina que a medida foi tomada como resposta aos protestos desencadeados no sul do país, resultado de uma disputa por fronteiras entre províncias bolivianas.
Os prejuízos com a suspensão das exportações são estimados US$ 980 mil por dia para a Bolívia. Se o campo San Alberto efetivamente suspender sua produção, os danos podem subir para US$ 2 milhões.
O campo San Alberto possivelmente deixará de produzir no próximo domingo, já que suas fábricas não poderão enviar os combustíveis líquidos aos oleodutos.
O processo é travado pela ocupação e os destroços provocados por manifestantes em uma fábrica da companhia Transredes, filial da anglo-holandesa Shell e a britânica Ashmore, de onde bombeia o gás enviado à Argentina. "No domingo a capacidade de armazenamento de líquidos estará completa e o campo terá que parar", afirmou Daroca.
As províncias Gran Chaco e O'Connors brigam pelos direitos territoriais sobre o campo Margarita, que contém 20% das reservas de gás da Bolívia. Por conta desses conflitos, cerca de 1.000 bolivianos cercaram uma unidade da Transredes.
Com agências internacionais
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