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26/04/2007 - 17h48

Investidores liquidam papéis valorizados e Bovespa fecha em queda de 1,2%

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EPAMINONDAS NETO
da Folha Online

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) fechou em queda de 1,22%, aos 49.067 pontos, no pregão desta quinta-feira. O mercado "descolou" dos pregões americanos, que encerraram o dia em alta, com um movimento de realização de lucros (venda de papéis muito valorizados). O volume financeiro foi alto, de R$ 4 bilhões.

O dólar comercial finalizou o dia cotado a R$ 2,028, com avanço de 0,34%. Os contratos DI negociados na BM&F apontaram taxas de juros mais altas na comparação com o expediente de ontem.

O setor de telecomunicações movimentou o mercado hoje. Enquanto as duas das principais empresas do setor divulgaram seus lucros do trimestre, os investidores ganharam novo material de especulação quando a empresa espanhola Telefónica confirmou que está em negociações com a Portugal Telecom para decidir sobre o controle da empresa brasileira de telefonia móvel Vivo.

A Telemar (Tele Norte Leste Participações), agora sob a marca "Oi", divulgou hoje lucro de R$ 343 milhões no primeiro trimestre de 2007, um salto de 137,2% sobre o resultado registrado no mesmo período em 2006.

Os analistas da corretora Brascan classificaram o resultado como negativo devido à receita bruta abaixo do esperado, com o desempenho desfavorável do segmento de telefonia fixa. Felipe Cunha e Beatriz Batelli destacaram, no entanto, que o desempenho das ações está vinculado à oferta pública aprovada na semana passada, o que deve sustentar o preço dos ativos.

Já a Brasil Telecom registrou lucro de R$ 169,9 milhões no primeiro trimestre do ano, um acréscimo superior a 400% sobre o resultado registrado para os primeiros três meses de 2006. A analista Luciana Leocádio, da corretora Ativa, destacou que o lucro foi "significativamente maior" que o esperado e apontou a queda dos gastos com a operação da empresa.

Ata frustra expectativas

Para uma parcela do mercado, a ata do Copom (Comitê de Política Monetária) foi um balde de água fria nas expectativas de que a taxa Selic (12,50%) sofreria um ajuste maior na reunião de junho do que o corte habitual de 0,25 ponto percentual. Ata do Copom frustra expectativas de corte maior da taxa Selic, diz economista

Como revelou o comunicado pós-reunião no dia 18 de abril, uma parte não desprezível dos diretores do BC que participam do Comitê havia votado por um corte de 0,50 ponto percentual. Foi esse dissenso que alimentou as "esperanças" por um redução de maior calibre.

Hoje, a ata daquela reunião revelou as divergências e explicou os motivos da decisão da maioria em aprovar o corte de 0,25 ponto. Os "derrotados" da reunião argumentaram que os bens importados teriam uma contribuição maior sobre a inflação o que, portanto, sancionava uma redução de 0,50 ponto.

Os "vencedores" responderam olhando para os preços de bens e serviços que não sofrem competição dos produtos importados (como tarifas escolares e mensalidades escolares), que sofreram aumentos significativos no início do ano. Eles temeram que esses aumentos se propaguem pelo restante da economia, que mostra sinais de aquecimento.

"O dissenso parece real; o teor do documento mostra que a próxima decisão está em aberto", avaliou o economista-chefe do banco Modal, Alexandre Póvoa. Para ele, a "racha" tirou a ilusões de que a falta de unanimidade "significaria que a probabilidade dos 0,5% seria automaticamente maior. Não foi, definitivamente, o que a ata sinalizou".

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