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03/05/2007
-
08h40
FABIANO MAISONNAVE
da Folha de S.Paulo, em Caracas
Em mais um duro recado nos bastidores, a Bolívia informou ontem ao governo brasileiro que, se não houver um acordo para a compra das refinarias da Petrobras dentro de uma semana a dez dias, o presidente Evo Morales assinará o decreto que seqüestra o fluxo de caixa das duas plantas, medida classificada de "confisco" e considerada inaceitável pelo Palácio do Planalto.
O governo boliviano também fez uma nova oferta pelas refinarias, segundo a Folha apurou: US$ 60 milhões, preço considerado abaixo do de mercado e, portanto, avaliado como "inadmissível" pela Petrobras.
A estimativa é que as duas unidades, localizadas em Cochabamba e Santa Cruz, na Bolívia, valham ao menos US$ 160 milhões.
Sem subsídio
Segundo uma fonte do governo boliviano, estuda-se ainda retirar o subsídio do barril de petróleo vendido às refinarias dos atuais US$ 27 o barril para a cotação internacional --ontem em torno de US$ 64.
O aumento não seria repassado à gasolina, que na Bolívia está congelada em um preço bastante baixo, o equivalente a cerca de R$ 0,90 o litro.
Ainda de acordo com essa fonte, não há um consenso sobre a medida. Questionado sobre o tema, outra fonte do governo boliviano afirmou que a medida não está sendo nem sequer discutida.
A Bolívia tem pressionado o Brasil nas últimas semanas para chegar a um acordo com a Petrobras sobre a venda das refinarias, cujo controle acionário estatal está previsto no decreto de nacionalização, que completou um ano anteontem, sem, no entanto, ter medidas efetivas a respeito de o refino deixar de ser feito pelas empresas privadas e passar ao controle do governo boliviano.
Em conversa com Morales há duas semanas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que, em caso de uma medida unilateral da Bolívia sobre as refinarias, o Brasil congelará investimentos no país e recomendará outros países a fazer o mesmo.
As refinarias foram compradas em 1999 do Estado boliviano por cerca de US$ 100 milhões e são responsáveis por abastecer praticamente todo o mercado interno do país.
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O governo boliviano também fez uma nova oferta pelas refinarias, segundo a Folha apurou: US$ 60 milhões, preço considerado abaixo do de mercado e, portanto, avaliado como "inadmissível" pela Petrobras.
A estimativa é que as duas unidades, localizadas em Cochabamba e Santa Cruz, na Bolívia, valham ao menos US$ 160 milhões.
Sem subsídio
Segundo uma fonte do governo boliviano, estuda-se ainda retirar o subsídio do barril de petróleo vendido às refinarias dos atuais US$ 27 o barril para a cotação internacional --ontem em torno de US$ 64.
O aumento não seria repassado à gasolina, que na Bolívia está congelada em um preço bastante baixo, o equivalente a cerca de R$ 0,90 o litro.
Ainda de acordo com essa fonte, não há um consenso sobre a medida. Questionado sobre o tema, outra fonte do governo boliviano afirmou que a medida não está sendo nem sequer discutida.
A Bolívia tem pressionado o Brasil nas últimas semanas para chegar a um acordo com a Petrobras sobre a venda das refinarias, cujo controle acionário estatal está previsto no decreto de nacionalização, que completou um ano anteontem, sem, no entanto, ter medidas efetivas a respeito de o refino deixar de ser feito pelas empresas privadas e passar ao controle do governo boliviano.
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