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03/05/2007 - 14h01

Gerdau aposta em crescimento de vendas para construção civil

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MÁRCIO RODRIGUES
da Folha Online

O presidente-executivo do grupo Gerdau, André Gerdau Johannpeter, estima que as vendas da empresa nos próximos meses devem se aquecer, principalmente por uma demanda maior no segmento de construção civil.

"As vendas para esse segmento devem crescer entre 6% e 8%. Temos um efeito importante de crédito nesse setor, além do efeito PAC [Programa de Aceleração do Crescimento]. Enxergamos uma demanda crescente na construção", afirmou.

No entanto, diz que ainda não se pode falar em "boom" no setor. Hoje, o setor de construção civil responde por 38% do total das vendas da Gerdau, que somaram de R$ 7,5 bilhões no primeiro trimestre.

O vice-presidente executivo de Finanças e diretor de Relações com Investidores do Grupo Gerdau, Osvaldo Schirmer, acrescentou ainda o setor de máquinas agrícolas e automobilístico como fatores de aquecimento da demanda interna nos próximos meses. Já a agropecuária, segundo Schirmer, está em recuperação e deve refletir essa melhora no segundo semestre, após a colheita da safra atual.

Resultados

O grupo Gerdau anunciou lucro de R$ 869,4 milhões no primeiro trimestre do ano, número 4,4% superior ao resultado para o mesmo período de 2006. O crescimento foi puxado principalmente pelos ganhos no mercado norte-americano (+41,9%). A Gerdau prevê distribuir R$ 225,3 milhões a título de dividendos, com pagamento previsto para o dia 24 de maio.

Schirmer, afirmou durante teleconferência que o lucro poderia ter sido 15% superior ao verificado no mesmo período de 2006. Isso porque, a valorização do real frente ao dólar acabou impactando negativamente nos ativos da empresa fora do Brasil.

A receita líquida totalizou R$ 6,487 bilhões, um acréscimo de 15,6% sobre os resultados do mesmo período, com crescimento de 1,8% nas vendas para o mercado interno e de 19,5% para o mercado norte-americano que, juntos, respondem por mais de 60% das receitas totais.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) foi de R$ 1,4 bilhão, número 17,4% superior ao resultado para os primeiros três meses.

Investimentos

Schirmer reafirmou os planos de investimento da companhia até 2009. Os aportes devem chegar a US$ 4 bilhões em todo o mundo. Desse total, US$ 2,4 bilhões serão investidos no Brasil, sendo que US$ 820 milhões em 2007.

O investimento total da Gerdau no mundo até 2009 irá ampliar a produção de aços da empresa em 2,4 milhões de toneladas, resultando em um crescimento de 12%. Já a produção de laminados deve será expandida em 1,4 milhão de toneladas, com 8% de crescimento. Hoje, a Gerdau tem uma capacidade instalada para produção de 19,6 milhões de toneladas de aço por ano.

A Gerdau registrou produção de 4,4 milhões de toneladas de aço bruto no primeiro trimestre, um acréscimo de 7,7% sobre o total produzido nos primeiros três meses do ano passado. A produção de aços laminados somou 3,4 milhões de toneladas, um avanço de 11,7% nos 12 meses.

O presidente da Gerdau afirmou ainda que a empresa continua analisando oportunidades de investimentos na China. "Estamos analisando opções. Assim que aparecer uma atrativa, iremos investir na China."

Geração de energia

Johannpeter afirmou que a concessão para geração de energia concedida pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) à Gerdau, fará com que a empresa consiga gerar 30% da energia que consome.

Em março, a Aneel transferiu para a controlada Gerdau Aços Longos S.A. a concessão para geração de energia elétrica do complexo hidrelétrico Caçu e Barra dos Coqueiros, composto por duas usinas hidrelétricas a serem construídas no rio Claro, entre os municípios de Caçu e Cachoeira Alta, na região sudeste do Estado de Goiás.

O empreendimento terá uma potência instalada de 155 MW (Caçu com 65 MW e Barra dos Coqueiros com 90 MW) e sua construção deverá estar concluída no início de 2010. O investimento está estimado em US$ 230 milhões.

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