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16/05/2007
-
16h01
da Folha Online
Apesar das duas intervenções do Banco Central, o dólar comercial despencou 1,46% nesta quarta-feira, a R$ 1,954 para venda. A queda acentuada ocorreu após mais uma agência de classificação de risco, a Standard & Poor´s, ter elevado a nota do Brasil --na semana passada, a Fitch Ratings já havia aumentado seu indicador.
Para tentar deter a alta, o Banco Central realizou um leilão de "swap reverso cambial", equivalente a uma compra de dólares no mercado futuro, por volta das 12h40. Por volta das 15h30, o BC realizou um leilão de compra de moeda, mas não conseguiu deter a derrocada da cotação.
"Atrapalhou" o BC o fato de a agência de classificação de risco Standard& Poor's ter elevado o "rating" soberano do Brasil de "BB" para "BB+". O panorama permanece no nível "positivo", o que indica que a agência considera haver maiores chances de que a próxima alteração no "rating" seja um novo "upgrade".
Na semana passada, a agência Fitch já havia elevado de "BB" para "BB+" o "rating" do Brasil, deixando o país a um passo do chamado grau de investimento (o "investment grade", com nota "BBB-"), categoria reservada para os países considerados mais seguros para investir.
O "rating", na prática, significa uma recomendação da agência classificadora sobre as chances de um país, ou mesmo uma empresa, atrasar o pagamento de seus compromissos financeiros. Quanto maior a nota, menor a probabilidade de calote.
A melhora ("upgrade") de um rating significa que países ou empresas podem levantar recursos no exterior pagando juros menores. Também sinaliza que o fluxo de recursos externos para um país pode aumentar, já que aumenta a confiança dos investidores globais naquela economia, o que explica a desvalorização cambial.
No acumulado deste ano, o dólar já sofreu perdas de quase 9%. Entre os fatores que podem explicar a desvalorização estão os sucessivos recordes da balança comercial; o diferencial de juros domésticos e internacionais, que atrai capital financeiro para o país; e a perspectiva de que o país seja considerado mais seguro para investir, à medida em que agências especializadas em classificação de risco de crédito melhorem sua avaliação pública sobre o Brasil.
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Folha Explica o dólar e sua importância no mundo globalizado
Dólar despenca 1,46%, a R$ 1,954, após melhora de classificação de risco
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Para tentar deter a alta, o Banco Central realizou um leilão de "swap reverso cambial", equivalente a uma compra de dólares no mercado futuro, por volta das 12h40. Por volta das 15h30, o BC realizou um leilão de compra de moeda, mas não conseguiu deter a derrocada da cotação.
"Atrapalhou" o BC o fato de a agência de classificação de risco Standard& Poor's ter elevado o "rating" soberano do Brasil de "BB" para "BB+". O panorama permanece no nível "positivo", o que indica que a agência considera haver maiores chances de que a próxima alteração no "rating" seja um novo "upgrade".
Na semana passada, a agência Fitch já havia elevado de "BB" para "BB+" o "rating" do Brasil, deixando o país a um passo do chamado grau de investimento (o "investment grade", com nota "BBB-"), categoria reservada para os países considerados mais seguros para investir.
O "rating", na prática, significa uma recomendação da agência classificadora sobre as chances de um país, ou mesmo uma empresa, atrasar o pagamento de seus compromissos financeiros. Quanto maior a nota, menor a probabilidade de calote.
A melhora ("upgrade") de um rating significa que países ou empresas podem levantar recursos no exterior pagando juros menores. Também sinaliza que o fluxo de recursos externos para um país pode aumentar, já que aumenta a confiança dos investidores globais naquela economia, o que explica a desvalorização cambial.
No acumulado deste ano, o dólar já sofreu perdas de quase 9%. Entre os fatores que podem explicar a desvalorização estão os sucessivos recordes da balança comercial; o diferencial de juros domésticos e internacionais, que atrai capital financeiro para o país; e a perspectiva de que o país seja considerado mais seguro para investir, à medida em que agências especializadas em classificação de risco de crédito melhorem sua avaliação pública sobre o Brasil.
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