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24/05/2007
-
07h43
da Folha Online
A OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) previu nesta quinta-feira que o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil crescerá 4,4% em 2007 e 4,5% em 2008. O aumento se deveu ao crescimento tanto da demanda interna quanto das exportações, no ano passado, o que a OCDE afirma que terá continuidade.
Os números indicam reajustes em relação às previsões que a OCDE tinha apresentado em seu relatório anterior, de dezembro.
Os autores do estudo atual calculam que o PIB brasileiro aumentou 3,7% em 2006, e não 3,1%, como tinham afirmado há seis meses. "As vendas a varejo e os outros indicadores permitem acreditar que a forte expansão continuará no primeiro semestre de 2007", destacam.
Há seis meses, a OCDE previu que o crescimento brasileiro seria de 3,8% em 2007 e de 4% em 2008.
Apesar das perspectivas otimistas, a organização lembrou que ao Brasil que seu principal risco é a economia interna e recomenda ao governo que não se deixe impressionar por um contexto internacional propício e não descuide da agilidade orçamentária.
Na semana passada, a OCDE anunciou o convite para que o Brasil e mais quatro países --China, Índia, Indonésia e África do Sul-- "reforcem" suas relações com a organização para uma possível adesão. O convite formal de adesão ao Brasil, no entanto, não foi realizado.
Com esse "convite reforçado", o Brasil (que coopera com a OCDE desde a década passada e já integra diversos de seus comitês) passará a operar de modo ainda mais próximo com a organização.
"A fim de continuar a ter uma voz influente na economia mundial, através de análises de políticas, diálogo e elaboração de regras, a OCDE tem de reforçar seus laços com outros países", informou a organização, em comunicado.
No último dia 14, o secretário-geral da OCDE, Angel Gurría, disse que a organização "está muito interessada em ter uma relação o mais próxima possível com o Brasil, tão próxima quanto o Brasil quiser" --mas, na ocasião, evitou falar de uma adesão do Brasil.
Consumo doméstico
As chaves da expansão, no plano interno, são a alta do consumo doméstico graças à melhora do mercado de trabalho, com uma alta regular da taxa de atividade e "uma ligeira queda" do desemprego com o rápido ritmo de desenvolvimento do crédito ao consumo.
Segundo a OCDE, que dedica um capítulo às grandes economias emergentes nos relatórios semestrais de conjuntura, a balança externa brasileira continuará "sólida", e isso apesar de a progressão mais rápida das importações em relação às exportações reduzir o superávit deste ano e do próximo.
PAC
O grupo admite que o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em janeiro contribuirá para o crescimento econômico graças ao aumento do investimento em infra-estruturas e a redução tributária em alguns setores.
Mas alerta que esse "estímulo orçamentário", embora acelere a demanda a curto prazo, poderia também arrefecer a redução das taxas de juros, e deveria ainda ser completada com 'medidas estruturais para assegurar uma melhora duradoura do potencial de crescimento da economia'.
O grupo acredita que medidas complementares são "essenciais", "principalmente, uma reforma da previdência", para conter o aumento do gasto público corrente.
Em relação à inflação, os autores do relatório afirmam que se manteve abaixo do objetivo fixado, o que permitiu seguidas reduções das taxas de juros desde meados de 2005 e que o Banco Central acumulasse reservas cambiais que já superam 10% do PIB.
A OCDE estima que as previsões sobre o Brasil podem ser ultrapassadas no caso de um controle da inflação melhor do que o esperado, mas também considera que há um risco de que a política orçamentária expansiva levante "temores sobre a viabilidade da ação governamental a médio prazo".
OCDE
A OCDE é uma organização internacional e intergovernamental que agrupa os países mais industrializados da economia do mercado. Com sede em Paris, na França, os representantes dos países membros se reúnem para trocar informações e definir políticas com o objetivo de maximizar o crescimento econômico e o desenvolvimento dos países que participam da organização.
Os atuais países membros da OCDE são Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Coréia do Sul, Dinamarca, Eslováquia, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Irlanda, Islândia, Itália, Japão, Luxemburgo, México, Noruega, Nova Zelândia, Polônia, Portugal, República Tcheca, Reino Unido, Suécia, Suíça e Turquia.
Com informações da Efe e da France Presse
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OCDE prevê forte crescimento para o Brasil em 2007
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A OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) previu nesta quinta-feira que o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil crescerá 4,4% em 2007 e 4,5% em 2008. O aumento se deveu ao crescimento tanto da demanda interna quanto das exportações, no ano passado, o que a OCDE afirma que terá continuidade.
Os números indicam reajustes em relação às previsões que a OCDE tinha apresentado em seu relatório anterior, de dezembro.
Os autores do estudo atual calculam que o PIB brasileiro aumentou 3,7% em 2006, e não 3,1%, como tinham afirmado há seis meses. "As vendas a varejo e os outros indicadores permitem acreditar que a forte expansão continuará no primeiro semestre de 2007", destacam.
Há seis meses, a OCDE previu que o crescimento brasileiro seria de 3,8% em 2007 e de 4% em 2008.
Apesar das perspectivas otimistas, a organização lembrou que ao Brasil que seu principal risco é a economia interna e recomenda ao governo que não se deixe impressionar por um contexto internacional propício e não descuide da agilidade orçamentária.
Na semana passada, a OCDE anunciou o convite para que o Brasil e mais quatro países --China, Índia, Indonésia e África do Sul-- "reforcem" suas relações com a organização para uma possível adesão. O convite formal de adesão ao Brasil, no entanto, não foi realizado.
Com esse "convite reforçado", o Brasil (que coopera com a OCDE desde a década passada e já integra diversos de seus comitês) passará a operar de modo ainda mais próximo com a organização.
"A fim de continuar a ter uma voz influente na economia mundial, através de análises de políticas, diálogo e elaboração de regras, a OCDE tem de reforçar seus laços com outros países", informou a organização, em comunicado.
No último dia 14, o secretário-geral da OCDE, Angel Gurría, disse que a organização "está muito interessada em ter uma relação o mais próxima possível com o Brasil, tão próxima quanto o Brasil quiser" --mas, na ocasião, evitou falar de uma adesão do Brasil.
Consumo doméstico
As chaves da expansão, no plano interno, são a alta do consumo doméstico graças à melhora do mercado de trabalho, com uma alta regular da taxa de atividade e "uma ligeira queda" do desemprego com o rápido ritmo de desenvolvimento do crédito ao consumo.
Segundo a OCDE, que dedica um capítulo às grandes economias emergentes nos relatórios semestrais de conjuntura, a balança externa brasileira continuará "sólida", e isso apesar de a progressão mais rápida das importações em relação às exportações reduzir o superávit deste ano e do próximo.
PAC
O grupo admite que o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em janeiro contribuirá para o crescimento econômico graças ao aumento do investimento em infra-estruturas e a redução tributária em alguns setores.
Mas alerta que esse "estímulo orçamentário", embora acelere a demanda a curto prazo, poderia também arrefecer a redução das taxas de juros, e deveria ainda ser completada com 'medidas estruturais para assegurar uma melhora duradoura do potencial de crescimento da economia'.
O grupo acredita que medidas complementares são "essenciais", "principalmente, uma reforma da previdência", para conter o aumento do gasto público corrente.
Em relação à inflação, os autores do relatório afirmam que se manteve abaixo do objetivo fixado, o que permitiu seguidas reduções das taxas de juros desde meados de 2005 e que o Banco Central acumulasse reservas cambiais que já superam 10% do PIB.
A OCDE estima que as previsões sobre o Brasil podem ser ultrapassadas no caso de um controle da inflação melhor do que o esperado, mas também considera que há um risco de que a política orçamentária expansiva levante "temores sobre a viabilidade da ação governamental a médio prazo".
OCDE
A OCDE é uma organização internacional e intergovernamental que agrupa os países mais industrializados da economia do mercado. Com sede em Paris, na França, os representantes dos países membros se reúnem para trocar informações e definir políticas com o objetivo de maximizar o crescimento econômico e o desenvolvimento dos países que participam da organização.
Os atuais países membros da OCDE são Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Coréia do Sul, Dinamarca, Eslováquia, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Irlanda, Islândia, Itália, Japão, Luxemburgo, México, Noruega, Nova Zelândia, Polônia, Portugal, República Tcheca, Reino Unido, Suécia, Suíça e Turquia.
Com informações da Efe e da France Presse
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