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10/09/2007 - 11h32

México e Índia querem dobrar intercâmbio comercial em três anos

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da Efe, em Nova Délhi

O presidente do México, Felipe Calderón, e o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, concordaram nesta segunda-feira em dar um impulso aos laços bilaterais e abrir novos campos de cooperação --especialmente no âmbito econômico-- a fim de duplicar os intercâmbios comerciais nos próximos três anos.

Calderón se reuniu com Singh no primeiro dia de uma visita oficial de dois dias à Índia, com a intenção de "dar um novo impulso em todas as áreas na relação bilateral", segundo o presidente mexicano.

O objetivo é abrir um novo capítulo "no comércio e investimento, não somente nos assuntos econômicos, mas também em termos de política", disse Calderón após ser recebido no palácio presidencial de Rashtrapati Bhavan pela presidente indiana, Pratibha Patil, e pelo primeiro-ministro Singh.

Calderón destacou que a Índia é o primeiro país asiático que ele visita desde que chegou à presidência, em 2006, e ressaltou que é a primeira visita de um presidente mexicano à Índia em mais de duas décadas.

Singh reconheceu que "os contatos não foram tão intensos como deveriam", apesar de México e Índia trabalharem próximos em organismos multilaterais nos quais compartilham visões comuns, como a OMC (Organização Mundial do Comércio).

Após a cerimônia oficial de boas-vindas, Calderón participou com a esposa, Margarita Zavala, de uma homenagem no túmulo de Mahatma Gandhi, onde depositaram uma coroa de flores com a bandeira mexicana.

O presidente mexicano teve encontro privado com o primeiro-ministro da Índia, para analisar assuntos "bilaterais e globais" e examinar oportunidades oferecidas pelas duas economias, segundo fontes do Ministério do Exterior indiano.

Após as conversas, a ministra do Exterior mexicana, Patricia Espinosa, e o colega da Índia, Pranab Mukherjee, assinaram um acordo de extradição e outro de assistência legal mútua em casos criminais, inclusive de terrorismo.

Além disso, Espinosa firmou com o ministro das Finanças, Palaniappan Chidambaram, um acordo para evitar a dupla tributação, a fim de respaldar os investidores indianos no México e encorajar os mexicanos a desembarcar no mercado da Índia.

Calderón insistiu no benefício de "ampliar as margens comerciais e os investimentos recíprocos" para que isso gere "bem-estar" nos dois países.

Em discurso no fórum empresarial indo-mexicano após a reunião com Singh, o presidente mexicano lembrou que nas próximas duas ou três décadas, segundo previsões, as duas nações estarão entre as principais economias do mundo.

"É preciso potencializar nossas economias agora. Temos muitas oportunidades de comércio e investimento", afirmou Calderón aos empresários.

Calderón disse que seu país vive "um tremendo momento de estabilidade econômica e política", algo que se reflete "nas variáveis econômicas" com um crescimento da bolsa de mais de 40% no último ano e um forte aumento da confiança empresarial.

Além disso, o presidente lembrou que, embora ainda longe do ritmo de 9% do crescimento do PIB da Índia, a economia do México cresceu 5% no ano passado e "está em processo de fazer reformas para melhorar esse crescimento."

Nos últimos anos o comércio entre os países disparou, de um volume de US$ 348 milhões, em 2000, para US$ 1,8 bilhão registrado em 2006, e o objetivo é duplicar até 2010.

Calderón insistiu que, graças à rede de Tratados de Livre-Comércio, o México tem acesso preferencial "a 44 países que representam um mercado de 1 bilhão de pessoas."

O presidente mexicano também afirmou que o atual volume de comércio entre a Índia e o México está "muito abaixo do potencial" das duas nações, e pediu que os empresários de ambas as partes aumentem os respectivos fluxos de investimento.

Calderón deverá viajar amanhã a Bangalore (sul) e Bombaim (oeste) para visitar várias indústrias e se reunir com representantes empresariais da região, além de inaugurar uma exposição do artista mexicano Juan Soriano na Galeria Nacional de Arte de Bombaim, antes de retornar ao México.

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