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Empresas brasileiras querem Venezuela no Mercosul, diz pesquisa
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da Efe, em Manaus
Cerca de 76,43% das empresas brasileiras que mantêm negócios com a Venezuela apóiam a entrada do país como membro pleno do Mercosul, segundo um relatório divulgado nesta quinta-feira pela Câmara Venezuelana-Brasileira de Comércio e Indústria.
O relatório foi divulgado em Manaus --onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reunirá com o governante da Venezuela, Hugo Chávez, para discutir assuntos bilaterais e regionais.
Para a elaboração do estudo, foram consultadas 688 empresas brasileiras, das quais 82,96% exportaram produtos à Venezuela durante os últimos dois anos. As demais importaram produtos ou mantiveram algum tipo de relação comercial com o país vizinho.
Sobre a entrada da Venezuela no bloco (que tem como membros plenos Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai), somente 0,64% das empresas consultadas manifestou opinião contrária.
Segundo a Câmara, 64,9% das companhias consultadas são de "grande porte", dentre as quais cita empresas como Sadia, Odebrecht e Companhia Vale do Rio Doce.
Constam ainda no relatório as 250 principais empresas importadoras e as 250 maiores exportadoras do país, que "representam 70% do comércio exterior brasileiro."
A adesão definitiva da Venezuela ao Mercosul ainda depende de fatores políticos e técnicos.
No plano político, a entrada já foi aprovada pelos congressos de Argentina e Uruguai, mas ainda precisa do sinal verde dos Parlamentos brasileiro e paraguaio.
No terreno técnico, a Venezuela ainda tem três anos para terminar de se ajustar às normas tarifárias do bloco.
Segundo números oficiais, o comércio bilateral entre Venezuela e Brasil cresce desde 2003, e superou no ano passado os US$ 4 bilhões, embora com a balança absolutamente inclinada para o lado brasileiro.
Em 2006, as exportações do Brasil para a Venezuela somaram US$ 3,5 bilhões, enquanto suas importações chegaram a US$ 591 milhões.
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