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Tesouro dos EUA cancela venda de títulos para evitar teto da dívida
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da Efe, em Washington
O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos informou nesta sexta-feira que suspenderá temporariamente a venda de alguns dos bônus de governos estaduais e locais para impedir que a dívida pública ultrapasse o limite legal de US$ 8,965 trilhões.
O Tesouro anunciou que a venda desses títulos, usados para arrecadar fundos para investimentos a curto prazo, será suspensa na próxima quinta-feira.
Esta é a primeira medida tomada pelo governo federal dos EUA para evitar chegar ao teto da dívida --o que deve acontecer no dia 1º de outubro-- enquanto o Congresso debate o aumento desse limite.
O secretário do Tesouro, Henry Paulson, pediu esta semana ao Congresso para elevar o teto e alertou que a incerteza sobre o tema aumentaria a volatilidade nos mercados.
Em mensagem ao senador democrata Robert Byrd, Paulson pediu ao Senado para aumentar o limite da dívida "tão cedo quanto possível".
A Câmara de Representantes já aprovou um aumento de US$ 850 bilhões, o que elevaria o limite até US$ 9,815 trilhões.
O Comitê de Finanças do Senado também aprovou esse aumento, e espera-se que o plenário vote antes de 8 de outubro, feriado do "Dia de Cristóvão Colombo" nos EUA.
O senador Kent Conrad, democrata de Dakota do Norte que preside o Comitê de Orçamento, disse que os parlamentares têm muito presente a fragilidade dos mercados de crédito e que espera que o Senado aja rapidamente.
Quando o governo chegar ao limite legal da dívida pública, não poderá mais pedir fundos emprestados e poderia chegar a suspender pagamentos, algo que jamais ocorreu.
O Congresso aumentou cinco vezes o limite da dívida nacional desde que George W. Bush chegou à Casa Branca em 2001. Para os democratas, isto é uma amostra do descontrole fiscal do governo.
A última vez foi em março de 2006, quando o teto foi elevado em US$ 781 bilhões, até US$ 8,9 trilhões. Em princípio, o teto fixado para este ano foi de aproximadamente US$ 8,1 trilhões.
Segundo o Tesouro, EUA se aproxima mais uma vez ao número máximo.
Na última extensão, o Tesouro foi obrigado a parar de fazer depósitos em um fundo de previdência e de seguros por invalidez para funcionários do governo e chegou a retirar dinheiro dessa conta.
O Departamento do Tesouro devolveu o dinheiro com os juros correspondentes quando pôde voltar a pedir emprestado e, por fim, o Senado aprovou a alta do limite de dívida por apenas quatro votos de diferença.
Em sua carta, Paulson disse que não quer se ver obrigado a tomar esse tipo de medida de novo.
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