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Greenspan critica postura de democratas sobre liberalização comercial
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da Efe, em Washington
O ex-presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano) Alan Greenspan criticou hoje a postura da oposição democrata em relação ao processo de globalização para estimular a prosperidade no mundo.
Em entrevista à rede de televisão "NBC", Greenspan contrastou a postura da oposição democrata com a mantida pelo ex-presidente Bill Clinton.
Os democratas "estão tomando posições das quais ele [Clinton], como presidente, se afastou", afirmou Greenspan, que esta semana fez numerosas aparições públicas para promover seu livro de memórias.
"Todo o assunto do comércio é muito crítico, porque vai além do tema do comércio", acrescentou Greenspan, ao afirmar que a globalização é a força que impulsiona a prosperidade mundial.
Em sua autobiografia, intitulada "The Age of Turbulence", Greenspan critica a política fiscal do atual presidente George W. Bush e elogia Bill Clinton, em particular por sua eliminação do déficit fiscal e sua promoção do livre-comércio.
No entanto, Greenspan disse à "NBC" não ter certeza que a senadora democrata e ex-primeira-dama Hillary Clinton manterá uma postura centrista na questão comercial se vencer as eleições.
Oposição democrata
A oposição democrata, que controla as duas câmaras do Congresso e dá atenção ao movimento sindical do país, mostra-se crítica à agenda comercial do presidente George W. Bush.
O Congresso não renovou a chamada Autoridade para a Promoção Comercial (TPA), que permite ao Executivo negociar acordos comerciais no exterior e que expirou em 30 de junho.
Sobre sua avaliação da economia americana, Greenspan reiterou que existe menos de 50% de probabilidade de uma recessão. No entanto, advertiu: "Estamos caminhando rumo a uma desaceleração".
"Se isso leva a uma recessão depende de coisas que não podemos prever neste momento", acrescentou Greenspan, após indicar que o país enfrenta "pressões significativas" no setor imobiliário. "É muito cedo para prever" o impacto da queda dos preços no setor imobiliário, afirmou.
Os economistas temem que a contínua queda nos preços das casas possa afetar o gasto dos consumidores, que nos EUA representa mais de dois terços do PIB (Produto Interno Bruto).
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