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21/02/2008 - 09h59

Fusão de Bolsas deve criar a 10ª maior empresa do país

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FABRICIO VIEIRA
TONI SCIARRETTA
da Folha de S.Paulo

A fusão de Bovespa Holding e Bolsa de Mercadorias & Futuros, vista como um dos maiores negócios do mercado em 2008, criaria a 10ª empresa em valor de mercado no país. Considerando os preços de fechamento de suas ações ontem, juntas as companhias valem aproximadamente R$ 35,25 bilhões.

Com isso, a "super-Bolsa" ficaria à frente de companhias como Gerdau, CPFL Energia, Vivo e Embraer.

A integração das atividades das duas Bolsas diminuiria seus custos e elevaria sua força para adquirir participação em outras companhias. Analistas também comentam a expectativa de que a nova Bolsa saia, no futuro, à caça de oportunidades para adentrar em outros mercados latino-americanos.

Na noite de terça-feira, Bovespa e BM&F informaram que iniciaram "conversações" para integrar suas atividades. O prazo máximo estipulado para as negociações é de 60 dias.

No mercado, a expectativa corrente é que a integração se dê por meio de troca de ações, sendo que ainda está incerto qual das duas Bolsas deve prevalecer. O fato de os controladores serem praticamente os mesmos (corretoras de valores e bancos) facilita a negociação.

As duas Bolsas também devem criar uma grande câmara de compensação de valores, com a possibilidade de dar suporte a negócios de outros mercados, como o câmbio.

"Nitidamente, é um trabalho para criar uma "super-Bolsa" para atender todo o mercado doméstico e se preparar para receber investimento estratégico externo [de outras Bolsas]. [A super-Bolsa] Reduzirá custos, se tornará ainda mais competitiva, poderá diminuir preços e prestar um serviço melhor para o mercado", afirma Ricardo Humberto Rocha, do Ibmec-SP.

"As empresas sempre buscam aumentos de eficiência e produtividade. Entendo, assim, como natural e até benéfica essa fusão entre as Bolsas brasileiras. Uma Bolsa mais sólida ajuda a atrair mais capital para o mercado", afirma Alex Agostini, da Austin Rating. "Uma vez concluída essa operação, fica até mais fácil para que a nova Bolsa parta para ter participações em outras atividades."

Para o pequeno investidor, um negócio como esse pode representar a possibilidade de ser acionista de uma empresa mais sólida e rentável, com custos administrativos menores e a possibilidade de aumento de receita com o crescimento do mercado.

Ao menos no pregão de ontem, o investidor sentiu o efeito inicial da operação. As ações ordinárias (com direito a voto) da BM&F valorizaram-se em 15,40%, e as da Bovespa Holding tiveram alta de 10,18%.

Para os analisas da corretora Planner, que considerou a integração das atividades como "muito positiva", o mais provável é que a Bovespa faça uma oferta pela BM&F. Na avaliação deles, haveria duas formas de essa operação ser efetivada.

A primeira é a Bovespa utilizar R$ 1,5 bilhão que tem em caixa e oferecer mais 535 milhões de ações pela BM&F. A outra é a Bovespa ofertar 600 milhões de suas ações pela BM&F.

 

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