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27/02/2008 - 13h17

UE retoma importação de carne de 106 fazendas brasileiras

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da Folha Online

A Comissão Européia (CE, órgão executivo da União Européia) decidiu nesta quarta-feira retomar as importações de 106 fazendas produtoras de carne bovina do Brasil, segundo informações da porta-voz européia de Saúde e Proteção ao Consumidor da Comissão, Nina Papadoulaki.

"As autoridades brasileiras enviaram à Comissão uma lista provisória de 106 fazendas, com os correspondentes relatórios das auditorias, que garantem que elas cumprem todos os requisitos para importação de carne", disse a porta-voz.

Segundo ela, o embargo de carne "in natura" produzida pelo Brasil estará suspenso a partir da publicação do anúncio feito hoje.

Papadoulaki destacou que a decisão desta quarta não altera o cronograma de trabalhos da missão de veterinários europeus que está no Brasil. Eles chegaram ao país na segunda-feira para inspecionar o Sisbov (sistema de controle sanitário) em uma amostra de 30 fazendas. Segundo Papadoulaki, novas fazendas poderão ser incluídas na lista a partir do resultado.

Entenda

A suspensão de exportação de carne bovina pelo Brasil foi imposta pelo bloco econômico em 1º de fevereiro. A UE determinou o embargo devido à falta de acordo sobre o número de propriedades certificadas para vender o produto, questionando o sistema de rastreabilidade do gado adotado no Brasil. Na ocasião do embargo, os europeus divulgaram que esperavam uma lista com apenas 300 fazendas, enquanto o Brasil apresentou uma lista com mais de 2.600 nomes.

Em reunião ocorrida em Bruxelas há cerca de duas semanas, representantes do Brasil e da UE não chegaram a um acordo sobre o número de fazendas aptas a exportar. Enquanto o bloco insistia em 300 fazendas, o Brasil queria uma lista mais ampla, com cerca de 600 nomes. Na semana passada, porém, o Brasil cedeu e enviou relatório com 200 propriedades.

O governo brasileiro considera que 300 produtores não são capazes de atender à demanda da UE. Apesar disso, aceitou negociar a ampliação da lista aos poucos. Segundo o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, o ideal era habilitar de 4.000 a 5.000 propriedades.

A UE afirma, no entanto, que não teme problemas de escassez de carne bovina, e que o espaço poderia ser ocupado por envios de outros países, como Argentina, Austrália ou Uruguai. O Brasil, porém, acha que outros exportadores ou comerciantes não têm condições de cobrir a demanda da Europa.

O Brasil é o principal exportador de carne bovina mundial e o primeiro abastecedor da UE, com 65,9% do volume das importações e 56,5% do valor total do envio do produto ao bloco europeu.

No ano passado, foram exportadas para a União Européia 194 mil toneladas de carne bovina "in natura". A carne bovina industrializada não está sob embargo --foram vendidas 100 mil toneladas dessa mercadoria para a Europa em 2007.

Comentários dos leitores
Pedro Frota (1) 04/03/2008 19h37
Pedro Frota (1) 04/03/2008 19h37
O Ministro da Agricultura, Reinhold, e seu acessor Inácio Kroetz, só estão fazendo besteiras em cima de besteiras!
O número de fazendas que poderiam ter sido mandadas, 300, eu que eles mandaram 3000, foi o cúmulo da incompetencia e despreparo.
Se fosse num país sério o presidente teria exonerado os dois!
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ANDERSON FÁVERO (5) 29/02/2008 17h27
ANDERSON FÁVERO (5) 29/02/2008 17h27
No momento em que o Brasil aceitou este imposição de apenas estas fazenda poderem exportar para o mercado comum europeu, nada impede que outros paises, tambem o façam, nada mais justos se outros criadores cumprirem as leis internas, de poderem ter o mesmo tratamento. 1 opinião
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Felipe Sabadin (1) 28/02/2008 07h51
Felipe Sabadin (1) 28/02/2008 07h51
PIRACICABA / SP
quer dizer que, essas 300 fazendas que foram escolhidas pela UE, para que elas possam atender a demanda de carne bovina para exportar, será necessário que elas compre mais gado.
Para isso tera que comprar de outros produtores, mas isso não pode ocasionar um desequilibrio no mercado interno?
sem opinião
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