ANP defende rapidez em licitação para exploração de petróleo

O diretor-geral da ANP (Agência Nacional de Petróleo), Haroldo Lima, defendeu nesta segunda-feira a retomada da oitava rodada de licitações de blocos para a exploração de petróleo e a abertura da décima rodada mesmo antes de o governo decidir quais modificações serão feitas na legislação do setor por conta da descoberta de novos campos.

Ele disse que a oitava rodada está suspensa porque dez blocos estão "nas franjas do pré-sal", mas isso não significa que tenham grande quantidade de petróleo.

Em novembro do ano passado, a ANP retirou 41 blocos de petróleo da nona rodada de licitações porque eles estavam na área em que a Petrobrás estima ter um megacampo, na região do pré-sal.

"Na nossa opinião, o caminho melhor é a reabertura da oitava rodada licitando até o final todos os blocos previstos. Mesmo que se retire o pré-sal, é melhor do que não reabrir", completou.

Para a décima rodada, o diretor-geral defendeu a exclusão dos campos na região do pré sal. Ele disse que essa rodada estava prevista para este ano, mas pode ficar para o ano que vem. Lima disse ainda que a demora em licitações de blocos exploratórios está levando a uma queda na área explorada no Brasil. "Enquanto nós estamos discutindo isso, as nossas áreas de exploração estão diminuindo. Precisamos acrescentar novas áreas através de mecanismos legais que são as rodadas de licitação", completou.

Megacampo

Lima voltou a dizer que as declarações dadas por ele em abril sobre um novo megacampo de petróleo, que seria o terceiro maior do mundo, foram apenas reproduções de informações da revista norte-americana World Oil. Na época, as declarações de Lima repercutiram e causaram alta das ações da Petrobrás na bolsa.

"Não declarei absolutamente nada e não me antecipei a ninguém. Apenas citei essa revista", afirmou.