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Petrobras deve analisar interesse em investir no Equador, diz Lula
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da Agência Brasil
com Folha Online
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje que a Petrobras poderá deixar o Equador se não houver um acordo satisfatório para que a empresa continue suas atividades exploratórias no país.
"Estou convencido de que essas tensões são menores do que aparentam. Temos que ver se o Equador tem interesse ou não em ter a Petrobras produzindo petróleo e gás lá. A Petrobras, por sua vez, tem que ver se há interesse em manter os investimentos naquele país. Se houver acordo, ótimo. Se não houver acordo, a Petrobras vai procurar o que fazer em outro lugar e o Equador vai procurar outros parceiros. É assim que se resolvem os problemas quando eles se tornam conflitivos", disse o presidente em Angra dos Reis (RJ), onde participou do batismo da plataforma P-51.
O presidente, no entanto, ressaltou que os dois governos se dão bem. "O presidente é nosso amigo e acho que há interesse estratégico em ter uma boa relação com o Brasil."
O presidente do Equador, Rafael Correa, ameaçou no último sábado nacionalizar o campo da Petrobras, que produz 32 mil barris de petróleo por dia, caso a empresa brasileira não renegocie seu contrato.
Correa ordenou a renegociação dos contratos, que atualmente dão ao Estado 18% do petróleo, para que o país fique com toda a extração, em troca do pagamento dos custos de produção e uma margem de lucro às companhias de petróleo.
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse ontem que o Brasil tem obrigação de defender seus interesses no Equador. Lobão disse, porém, não acreditar que a estatal terá prejuízos naquele país.
Lobão disse, porém, que o ministério não está envolvido nas negociações, que estão sendo tratadas pela diplomacia brasileira. "Entre países civilizados não há porque imaginar prejuízos provocados unilateralmente. O que está havendo é uma pequena insatisfação daquele governo que nós estamos tratando de examinar e decidir junto com eles, dentro da amizade que os países têm", completou.
Recentemente, o governo equatoriano bloqueou bens da empreiteira Odebrecht e reteve seus funcionários, por causa de falhas na construção de uma hidrelétrica.
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