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24/10/2002 - 19h20

FMI muda discurso e fala em data para liberar dinheiro para Argentina

JOÃO SANDRINI
da Folha de S.Paulo, em Buenos Aires

Depois de mais de nove de meses de negociações infrutíferas, o FMI (Fundo Monetário Internacional) sugeriu pela primeira vez uma data para o fechamento do acordo com a Argentina.

O porta-voz do Fundo, Thomas Dawson, disse hoje, em Washington, que o organismo acredita que as negociações possam ser concluídas no começo de novembro assim como reivindica o governo argentino. Antes, Dawson sempre falava que o acordo poderia ser fechado "em breve", mas nunca fixava uma data.

O FMI tem sido pressionado desde setembro pelo governo argentino com a ameaça de calote aos organismos financeiros internacionais. No próximo dia 9, vence o prazo final para o país pagar uma dívida de US$ 800 milhões ao Banco Mundial.

O governo já anunciou que não utilizará as reservas internacionais para honrar esse pagamento e que a única chance de evitar o calote consiste no fechamento de um acordo que possibilite a rolagem de todas as dívidas com os organismos que vencem até dezembro de 2003.

Pressionado, o Fundo começou a admitir nas últimas semanas que a Argentina realizou importantes avanços. No entanto, Dawson informou que o prazo para o fechamento do acordo pode ser estendido se o país não mostrar novos avanços em "políticas fiscais, monetárias e outras que ajudarão a restaurar a estabilidade".

Nesta semana, as negociações se concentraram no reajuste das tarifas públicas para as empresas privatizadas. O governo quer um aumento máximo de 10%, enquanto que o FMI pede uma alta de 20% a 30%.

A maioria das empresas de água, luz e telefone são controladas por companhias de países europeus que têm importante participação nas decisões tomadas pela diretoria do Fundo.

Para tentar agradar aos europeus sem ceder no reajuste de tarifas, o Ministério da Economia anunciou hoje que vai iniciar em novembro a renegociação da dívida externa argentina, cujos pagamentos estão suspensos há 10 meses. Credores espanhóis, italianos e alemães têm, juntos, US$ 15 bilhões em títulos argentinos.


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