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06/02/2003
-
12h15
PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília
As companhias de aviação Varig e TAM assinaram hoje um protocolo de entendimento para a criação conjunta de uma nova empresa aérea que reuniria as frotas das companhias.
Juntas, as duas possuem 218 aeronaves e detêm cerca de 70% do mercado nacional e praticamente todos os vôos de uma empresa brasileira para fora do país.
A união foi a solução encontrada pelas duas maiores empresas aéreas brasileiras para cortar custos e tentar reverter os enormes prejuízos registrados em 2002. Além de operar no vermelho, a Varig tem enfrentado dificuldades em pagar funcionários, credores e fornecedores e chegou a ter um Boenig arrestado na semana passada pelo não-pagamento do leasing (aluguel) da aeronave.
A nova empresa terá capital aberto (ações em Bolsa) e permanecerá com o controle privado e a gestão profissional compartilhados entre os sócios.
A participação de cada uma e o nome da nova empresa só seriam definidos até 30 junho, quando deve ser concluído um estudo elaborado pelo banco Fator para chegar à melhor forma de concluir o negócio.
O presidente da TAM, Daniel Mandelli Martin, disse que a criação da nova empresa ainda não está completamente definida e que poderia acontecer com a fusão ou a criação de uma holding que controlaria as duas companhias.
Depois que houver acordo sobre todos os detalhes da união, o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) deverá analisá-los para verificar se o negócio não levará a uma dominação excessiva do mercado de aviação civil brasileiro.
"O importante é que iniciamos o processo e esse processo significará operações melhores para ambas as empresas", disse Mandelli após a assinatura do protocolo de entendimento para a busca de uma solução para as dificuldades enfrentadas pelo setor.
A Varig e a TAM já anteciparam, no entanto, que a fusão não implica em "demissões imediatas".
A solenidade de assinatura do protocolo contou com a participação dos ministros Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento, Indústria e Comércio) e José Viegas Filho (Defesa), além do comandante da aeronáutica, tenente-brigadeiro Luiz Carlos da Silva Bueno, do presidente da Varig, Manuel Guedes, e do presidente da TAM, Daniel Mondelli Martin.
Viegas deixou claro que o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) não deverá ajudar a nova companhia imediatamente. Segundo ele, as companhias aéreas só vão receber empréstimos quando apresentarem um plano "sustentável".
Na mesma linha, Furlan disse que o BNDES não vai atuar como hospital de empresas, apesar das recentes declarações do novo presidente do banco, Carlos Lessa, favorável a uma maior ajuda do banco a corporações em dificuldade.
Antigo sonho
A fusão entre a Varig e a TAM era um antigo sonho do comandante Rolim Amaro, ex-presidente da TAM, morto em 2001 em um desastre de helicóptero.
No entanto, até esta semana as duas empresas negaram diversas vezes que estivessem em negociação para a fusão das operações.
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Varig e TAM vão se unir com criação de nova companhia aérea
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da Folha Online, em Brasília
As companhias de aviação Varig e TAM assinaram hoje um protocolo de entendimento para a criação conjunta de uma nova empresa aérea que reuniria as frotas das companhias.
Juntas, as duas possuem 218 aeronaves e detêm cerca de 70% do mercado nacional e praticamente todos os vôos de uma empresa brasileira para fora do país.
A união foi a solução encontrada pelas duas maiores empresas aéreas brasileiras para cortar custos e tentar reverter os enormes prejuízos registrados em 2002. Além de operar no vermelho, a Varig tem enfrentado dificuldades em pagar funcionários, credores e fornecedores e chegou a ter um Boenig arrestado na semana passada pelo não-pagamento do leasing (aluguel) da aeronave.
A nova empresa terá capital aberto (ações em Bolsa) e permanecerá com o controle privado e a gestão profissional compartilhados entre os sócios.
A participação de cada uma e o nome da nova empresa só seriam definidos até 30 junho, quando deve ser concluído um estudo elaborado pelo banco Fator para chegar à melhor forma de concluir o negócio.
O presidente da TAM, Daniel Mandelli Martin, disse que a criação da nova empresa ainda não está completamente definida e que poderia acontecer com a fusão ou a criação de uma holding que controlaria as duas companhias.
Depois que houver acordo sobre todos os detalhes da união, o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) deverá analisá-los para verificar se o negócio não levará a uma dominação excessiva do mercado de aviação civil brasileiro.
"O importante é que iniciamos o processo e esse processo significará operações melhores para ambas as empresas", disse Mandelli após a assinatura do protocolo de entendimento para a busca de uma solução para as dificuldades enfrentadas pelo setor.
A Varig e a TAM já anteciparam, no entanto, que a fusão não implica em "demissões imediatas".
A solenidade de assinatura do protocolo contou com a participação dos ministros Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento, Indústria e Comércio) e José Viegas Filho (Defesa), além do comandante da aeronáutica, tenente-brigadeiro Luiz Carlos da Silva Bueno, do presidente da Varig, Manuel Guedes, e do presidente da TAM, Daniel Mondelli Martin.
Viegas deixou claro que o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) não deverá ajudar a nova companhia imediatamente. Segundo ele, as companhias aéreas só vão receber empréstimos quando apresentarem um plano "sustentável".
Na mesma linha, Furlan disse que o BNDES não vai atuar como hospital de empresas, apesar das recentes declarações do novo presidente do banco, Carlos Lessa, favorável a uma maior ajuda do banco a corporações em dificuldade.
Antigo sonho
A fusão entre a Varig e a TAM era um antigo sonho do comandante Rolim Amaro, ex-presidente da TAM, morto em 2001 em um desastre de helicóptero.
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