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17/03/2003
-
16h20
da Folha Online, em Brasília
A privatização dos bancos estaduais está mantida pelo atual governo, mas não há estimativas de receitas com as vendas das instituições no acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional).
O secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, afirmou que o governo continuará se esforçando para que haja progressão na venda dos quatro bancos federalizados (Besc, Banco do Estado do Piauí, Banco do Estado do Maranhão, e Banco do Estado do Ceará), mas que não foi feita nenhuma previsão de receitas porque há questões pendentes na Justiça.
Parâmetros estruturais
Na segunda revisão do acordo com o FMI, o governo reduziu o número de parâmetros estruturais de reformas e projetos que devem ser perseguidos pelo governo. O progresso na venda dos bancos federalizados é um dos parâmetros.
Além disso, até o final de maio deste ano, o governo espera ter progresso na votação da nova lei de falências, com o objetivo de acelerar a restruturação de empresas em dificuldades e a garantia de direitos dos credores.
Até o final de junho deste ano, foram estabelecidos quatro parâmetros, sendo um com relação às vendas dos bancos. O segundo parâmetro é o compromisso do governo de enviar ao Congresso, até junho, a proposta de reforma dos regimes de aposentadoria dos servidores públicos civis.
Há também o compromisso de enviar ao Congresso a legislação que permita a criação de fundos de pensão complementar para os servidores públicos federais após a aprovação do PL 9 (Projeto de Lei 9). Levy explicou que o governo está se comprometendo em enviar, até o final de junho, a proposta de regulamentação do projeto de lei, desde que o PL 9 tenha sido aprovado até essa data.
"Se não tiver sido votado, essa cláusula fica postergada", disse.
O último parâmetro diz respeito ao compromisso do governo de apresentar uma proposta de reforma fiscal. Segundo o texto da segunda revisão do acordo com o FMI, "para melhorar a estrutura tributária, o governo está desenvolvendo um programa de reformas focado na redução da regressividade, do viés anti-exportações, da proporção de receitas vinculadas, da guerra fiscal entre estados, dos custos de arrecadação e da sonegação tributária".
O governo confirma que, do ponto de vista de carga tributária, a reforma deverá ser neutra, mas buscando gerar eficiência econômica.
Entre os parâmetros existentes, o governo excluiu o que tratava de prazos para envio de projetos alternativos para substituição da CPMF e da DRU (Desvinculação de Receitas da União).
Segundo Levy, essas questões serão tratadas dentro do âmbito da reforma tributária. Outro ponto que foi retirado do item parâmetros estruturais foi o projeto de autonomia do Banco Central. Segundo o secretário, a autonomia do BC continua sendo prioridade do governo, mas isso não será mais parâmetro no acordo com o FMI.
O governo, segundo ele, estará empenhado na aprovação da regulamentação do setor financeiro, o que é um passo importante para a autonomia operacional do BC.
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Governo Lula mantém privatização de bancos estaduais
SANDRA MANFRINIda Folha Online, em Brasília
A privatização dos bancos estaduais está mantida pelo atual governo, mas não há estimativas de receitas com as vendas das instituições no acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional).
O secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, afirmou que o governo continuará se esforçando para que haja progressão na venda dos quatro bancos federalizados (Besc, Banco do Estado do Piauí, Banco do Estado do Maranhão, e Banco do Estado do Ceará), mas que não foi feita nenhuma previsão de receitas porque há questões pendentes na Justiça.
Parâmetros estruturais
Na segunda revisão do acordo com o FMI, o governo reduziu o número de parâmetros estruturais de reformas e projetos que devem ser perseguidos pelo governo. O progresso na venda dos bancos federalizados é um dos parâmetros.
Além disso, até o final de maio deste ano, o governo espera ter progresso na votação da nova lei de falências, com o objetivo de acelerar a restruturação de empresas em dificuldades e a garantia de direitos dos credores.
Até o final de junho deste ano, foram estabelecidos quatro parâmetros, sendo um com relação às vendas dos bancos. O segundo parâmetro é o compromisso do governo de enviar ao Congresso, até junho, a proposta de reforma dos regimes de aposentadoria dos servidores públicos civis.
Há também o compromisso de enviar ao Congresso a legislação que permita a criação de fundos de pensão complementar para os servidores públicos federais após a aprovação do PL 9 (Projeto de Lei 9). Levy explicou que o governo está se comprometendo em enviar, até o final de junho, a proposta de regulamentação do projeto de lei, desde que o PL 9 tenha sido aprovado até essa data.
"Se não tiver sido votado, essa cláusula fica postergada", disse.
O último parâmetro diz respeito ao compromisso do governo de apresentar uma proposta de reforma fiscal. Segundo o texto da segunda revisão do acordo com o FMI, "para melhorar a estrutura tributária, o governo está desenvolvendo um programa de reformas focado na redução da regressividade, do viés anti-exportações, da proporção de receitas vinculadas, da guerra fiscal entre estados, dos custos de arrecadação e da sonegação tributária".
O governo confirma que, do ponto de vista de carga tributária, a reforma deverá ser neutra, mas buscando gerar eficiência econômica.
Entre os parâmetros existentes, o governo excluiu o que tratava de prazos para envio de projetos alternativos para substituição da CPMF e da DRU (Desvinculação de Receitas da União).
Segundo Levy, essas questões serão tratadas dentro do âmbito da reforma tributária. Outro ponto que foi retirado do item parâmetros estruturais foi o projeto de autonomia do Banco Central. Segundo o secretário, a autonomia do BC continua sendo prioridade do governo, mas isso não será mais parâmetro no acordo com o FMI.
O governo, segundo ele, estará empenhado na aprovação da regulamentação do setor financeiro, o que é um passo importante para a autonomia operacional do BC.
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