Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
17/03/2003 - 16h26

Desemprego ainda é principal causa da inadimplência, diz ACSP

IVONE PORTES
da Folha Online

O desemprego continua a ser a principal causa da inadimplência na cidade de São Paulo, segundo pesquisa feita pela ACSP (Associação Comercial de São Paulo).

De acordo com levantamento da associação, 60% dos pesquisados disseram que o desemprego causou a inadimplência. A pesquisa foi feita entre inadimplentes que procuraram o balcão de atendimento do SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito) entre fevereiro e março.

O presidente da ACSP, Alencar Burti, avalia, porém, que com juros altos e tributação elevada não será possível fazer a economia crescer para gerar mais empregos e renda para a maioria da população.

A segunda causa mais citada entre os inadimplentes foi o fato de terem sido fiador ou avalista, ou terem emprestado o nome para um parente ou amigo efetuar a compra, com 14% das respostas. A seguir foi apontado o descontrole dos gastos, com 12% das respostas.

A forma mais utilizada de crédito que resultou em inadimplência foi o carnê, segundo 44% dos entrevistados, seguida pelo cheque (43%) e pelo cartão de crédito e outros (13%).

Entre os emitentes de cheques sem fundo cadastrados no UseCheque, a ACSP constatou que 26% deles possui apenas um cheque no cadastro, 32% têm entre dois e cinco, 19% entre seis e dez e 23% estão com mais de dez cheques sem fundo no banco de dados, sendo que os pré-datados representam 79% dos cheques sem fundo emitidos por pessoa física.

Dos entrevistados, 69% afirmaram possuir apenas um carnê em atraso, 14%, dois, e 17%, três ou mais pagamentos atrasados, com uma média de 1,7 carnês por consumidor.

O maior volume de inadimplência foi gerado no comércio, com 46% das respostas, seguido por bancos (17%) e financeiras (15%). Por produtos, a inadimplência foi verificada principalmente entre quem comprou roupas e calçados (23%), móveis (12%) e eletrodomésticos (11%).

A pesquisa da ACSP mostra ainda que o perfil do inadimplente não tem se alterado, predominando entre os homens (64%), com idade entre 21 e 40 anos (72%) e renda familiar entre R$ 351 a R$ 1.000.

Dos entrevistados, 25% disseram que pretendem fazer novas compras a prazo enquanto que 50% não planejam usar esta modalidade.

Leia mais
  • Confira os principais pontos do acordo
  • Dívida brasileira vai encostar em US$ 1 trilhão
  • Governo dobra previsão de inflação
  • Após 7 altas, mercado reduz previsão de inflação


  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página