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19/03/2003
-
16h08
da Folha Online
O setor de serviços obteve o pior resultado nas negociações salariais no ano passado dentre os setores acompanhados pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos) .
Das categorias ligadas ao setor de serviços, 68,79% tiveram reajuste menor do que a variação do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), do IBGE; 13,38%, igual; e 17,83%, superior.
O coordenador-técnico do Dieese, Wilson Amorim, destaca que foi o pior desempenho das negociações para o setor de serviços dos últimos quatro anos. Em 1999, 58% ficaram aquém do índice; em 2000, 37%; e em 2001, 43%.
Já a indústria e o comércio ficaram com os melhores resultados, mantendo a tendência verificada no primeiro semestre do ano, com cerca de 65% e 63% dos reajustes salariais observados iguais ou superiores ao INPC.
No ano passado, apenas 27,66% das 499 categorias acompanhadas pelo Dieese tiveram recomposição salarial superior à inflação medida pelo INPC.
Segundo dados do Dieese, 138 categorias conseguiram reajuste até 5% superior à inflação. Destes, porém, 126, que representam apenas 25,25% do total de categorias, obtiveram reposição até 2% maior que o INPC.
Segundo dados do Dieese, das 499 categorias, 27,5% (135) tiveram reajuste compatível com a variação do INPC, e 45,29% (226), abaixo da taxa de inflação.
O INPC acumulou no ano passado alta de 14,74%. Para os sindicatos que tinham data-base em novembro, por exemplo, foi utilizado o índice acumulado em 12 meses até outubro, que era de 10,26%.
Segundo Amorim, há um maior número de sindicatos com data-base para reajustes no primeiro semestre, mas as categorias de maior peso estão concentradas no segundo semestre, como metalúrgicos, bancários, petroleiros e químicos.
O coordenador-técnico do Dieese, destaca ainda que o registro de abonos salariais em 2002 manteve a tendência do ano anterior, com poucas categorias conquistando essa forma de remuneração. Das 499 categorias profissionais acompanhadas, apenas 62 tiveram abonos. Como em anos anteriores, em mais da metade dos casos o abono salarial serviu como forma de compensar reajustes inferiores ao índice de preços.
Vale ressaltar, segundo o Dieese, que 36 categorias profissionais parcelaram seus reajustes salariais, incorporando as recomposições aos salários entre a data-base e o mês subsequente, sendo que 20 destas categorias pertencem ao setor de serviços.
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Negociação salarial será "tensa" este ano, diz Dieese
45% das categorias tiveram reajuste abaixo da inflação em 2002
Serviços têm pior resultado de negociação salarial em 4 anos
IVONE PORTESda Folha Online
O setor de serviços obteve o pior resultado nas negociações salariais no ano passado dentre os setores acompanhados pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos) .
Das categorias ligadas ao setor de serviços, 68,79% tiveram reajuste menor do que a variação do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), do IBGE; 13,38%, igual; e 17,83%, superior.
O coordenador-técnico do Dieese, Wilson Amorim, destaca que foi o pior desempenho das negociações para o setor de serviços dos últimos quatro anos. Em 1999, 58% ficaram aquém do índice; em 2000, 37%; e em 2001, 43%.
Já a indústria e o comércio ficaram com os melhores resultados, mantendo a tendência verificada no primeiro semestre do ano, com cerca de 65% e 63% dos reajustes salariais observados iguais ou superiores ao INPC.
No ano passado, apenas 27,66% das 499 categorias acompanhadas pelo Dieese tiveram recomposição salarial superior à inflação medida pelo INPC.
Segundo dados do Dieese, 138 categorias conseguiram reajuste até 5% superior à inflação. Destes, porém, 126, que representam apenas 25,25% do total de categorias, obtiveram reposição até 2% maior que o INPC.
Segundo dados do Dieese, das 499 categorias, 27,5% (135) tiveram reajuste compatível com a variação do INPC, e 45,29% (226), abaixo da taxa de inflação.
O INPC acumulou no ano passado alta de 14,74%. Para os sindicatos que tinham data-base em novembro, por exemplo, foi utilizado o índice acumulado em 12 meses até outubro, que era de 10,26%.
Segundo Amorim, há um maior número de sindicatos com data-base para reajustes no primeiro semestre, mas as categorias de maior peso estão concentradas no segundo semestre, como metalúrgicos, bancários, petroleiros e químicos.
O coordenador-técnico do Dieese, destaca ainda que o registro de abonos salariais em 2002 manteve a tendência do ano anterior, com poucas categorias conquistando essa forma de remuneração. Das 499 categorias profissionais acompanhadas, apenas 62 tiveram abonos. Como em anos anteriores, em mais da metade dos casos o abono salarial serviu como forma de compensar reajustes inferiores ao índice de preços.
Vale ressaltar, segundo o Dieese, que 36 categorias profissionais parcelaram seus reajustes salariais, incorporando as recomposições aos salários entre a data-base e o mês subsequente, sendo que 20 destas categorias pertencem ao setor de serviços.
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