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09/12/2003
-
13h02
SÉRGIO RIPARDO
da Folha Online
Após três anos de perdas, a Bolsa de Valores de São Paulo transformou-se em 2003 na melhor alternativa de investimento. O principal índice da Bovespa já acumula neste ano ganhos de quase 90%.
Essa alta expressiva reflete, em parte, a recuperação dos preços das ações, que amargaram fortes quedas nos últimos anos, principalmente com a crise de desconfiança que afugentou os investidores estrangeiros no ano passado com a especulação sobre as eleições presidenciais.
Força do dinheiro estrangeiro
Agora, os investidores estrangeiros voltaram a aplicar seu dinheiro em ações de empresas de países emergentes, como o Brasil, porque apostam que as companhias vão lucrar mais nos próximos anos e pagar dividendos maiores aos acionistas.
Essa crença decorre da avaliação de que a economia global, liderada pelos EUA, voltará a crescer, ou seja, haverá aumento dos investimentos, da produção das empresas, da oferta de emprego e do consumo das famílias -- apesar dos riscos do quadro externo, como ameaças terroristas, por exemplo.
Garrote dos juros
Por enquanto, os indicadores apontam que a recuperação da economia ainda é tímida. Por isso, os investidores alimentam expectativas de que o governo vai continuar cortando as taxas de juros, a fim de baratear e estimular o crédito nos próximos meses.
Se cortar os juros na próxima quarta-feira, será a sétima redução consecutiva na taxa, hoje em 17,5% ao ano, valor mais baixo desde junho de 2001.
Renda curta do trabalhador
Especialistas dizem que a redução dos juros se mostrou insuficiente para reativar a contento o consumo. Um dos motivos é que a renda do trabalhador continua em queda.
Ou seja, ficou mais barato tomar empréstimo na praça, mais falta renda extra para novas compras pelas famílias. Acredita-se que os recentes reajustes salariais de algumas categorias possam dar um alento.
Ilusão do lucro fácil
Com os sucessivos recordes de alta da Bovespa, muitas pessoas físicas estão colocando seu dinheiro em ações, com a esperança de multiplicar suas economias.
No entanto, analistas alertam que o mercado de ações possui um grau elevado de risco e que investidor tem de aplicar visando retornos no longo prazo. Ou seja, se uma pessoa aplicou R$ 1.000 em uma ação, esse valor pode, em um único dia, cair para R$ 800 se o papel despencar 20%.
Nesse caso, o investidor teve uma "perda" de R$ 200 no dia. Mas nada impede que essa ação se recupere, valorizando nos meses seguintes. Com isso, o aplicador pode receber bem mais do que investiu.
Risco de prejuízo
Neste ano, a primeira onda de alta da Bovespa foi puxada pelo dinheiro dos estrangeiros. Essa alta atrai cada vez mais pessoas físicas, que já respondem por quase 30% do volume de negócios.
A internet é um dos meios preferidos pelos pequenos investidores na hora de comprar e vender ações na Bovespa.
Analistas não descartam que, em caso de saída de recursos dos estrangeiros, as ações passem a cair, prejudicando as aplicações das pessoas físicas, como ocorreu no início do ano, antes de estourar a guerra no Iraque.
Resumo: do mesmo jeito que é possível lucrar bastante em um tempo curto, é possível perder dinheiro em igual velocidade.
Para aplicar em Bolsa é necessário buscar uma instituição financeira que ofereça fundos de ações ou uma corretora para comprar direta dos papéis.
Há diferentes tipos de fundos e nem todos dão um retorno próximo ao registrado pelo Ibovespa, o principal índice, que serve de referência para o desempenho da Bolsa.
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Após três anos de perdas, a Bolsa de Valores de São Paulo transformou-se em 2003 na melhor alternativa de investimento. O principal índice da Bovespa já acumula neste ano ganhos de quase 90%.
Essa alta expressiva reflete, em parte, a recuperação dos preços das ações, que amargaram fortes quedas nos últimos anos, principalmente com a crise de desconfiança que afugentou os investidores estrangeiros no ano passado com a especulação sobre as eleições presidenciais.
Força do dinheiro estrangeiro
Agora, os investidores estrangeiros voltaram a aplicar seu dinheiro em ações de empresas de países emergentes, como o Brasil, porque apostam que as companhias vão lucrar mais nos próximos anos e pagar dividendos maiores aos acionistas.
Essa crença decorre da avaliação de que a economia global, liderada pelos EUA, voltará a crescer, ou seja, haverá aumento dos investimentos, da produção das empresas, da oferta de emprego e do consumo das famílias -- apesar dos riscos do quadro externo, como ameaças terroristas, por exemplo.
Garrote dos juros
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Se cortar os juros na próxima quarta-feira, será a sétima redução consecutiva na taxa, hoje em 17,5% ao ano, valor mais baixo desde junho de 2001.
Renda curta do trabalhador
Especialistas dizem que a redução dos juros se mostrou insuficiente para reativar a contento o consumo. Um dos motivos é que a renda do trabalhador continua em queda.
Ou seja, ficou mais barato tomar empréstimo na praça, mais falta renda extra para novas compras pelas famílias. Acredita-se que os recentes reajustes salariais de algumas categorias possam dar um alento.
Ilusão do lucro fácil
Com os sucessivos recordes de alta da Bovespa, muitas pessoas físicas estão colocando seu dinheiro em ações, com a esperança de multiplicar suas economias.
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Nesse caso, o investidor teve uma "perda" de R$ 200 no dia. Mas nada impede que essa ação se recupere, valorizando nos meses seguintes. Com isso, o aplicador pode receber bem mais do que investiu.
Risco de prejuízo
Neste ano, a primeira onda de alta da Bovespa foi puxada pelo dinheiro dos estrangeiros. Essa alta atrai cada vez mais pessoas físicas, que já respondem por quase 30% do volume de negócios.
A internet é um dos meios preferidos pelos pequenos investidores na hora de comprar e vender ações na Bovespa.
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Resumo: do mesmo jeito que é possível lucrar bastante em um tempo curto, é possível perder dinheiro em igual velocidade.
Para aplicar em Bolsa é necessário buscar uma instituição financeira que ofereça fundos de ações ou uma corretora para comprar direta dos papéis.
Há diferentes tipos de fundos e nem todos dão um retorno próximo ao registrado pelo Ibovespa, o principal índice, que serve de referência para o desempenho da Bolsa.
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