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11/03/2004 - 15h31

MCI proíbe consórcio de teles fixas a acessar data-room da Embratel

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ELAINE COTTA
da Folha Online

A Embratel confirmou hoje que o consórcio formado pela empresa Geodex e pelas concessionárias locais de telefonia fixa (Telefônica, BR Telecom e Telemar) não terá acesso ao data-room que disponibilizará informações aos interessados em comprá-la.

Por meio de um comunicado, a Embratel informou que a americana MCI, controladora da operadora brasileira, determinou que o consórcio não poderá ter acesso às informações porque é formado por empresas que são concorrentes diretas da Embratel no mercado brasileiro.

"Tais empresas terão de obter informações públicas por meio de seus próprios recursos. Nenhuma informação relevante da Embratel será entregue a tais empresas pela MCI ou pela Embratel", informou em nota divulgada hoje.

Ontem à noite, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) autorizou a reabertura do data-room (sala com informações sobre a empresa) para os interessados em comprar a Embratel.

A Anatel determinou ainda que a Embratel seria a responsável pelo detalhamento dos dados que serão disponibilizados aos investidores interessados em adquirir a empresa.

Por enquanto, a MCI prefere não dar detalhes sobre a operação. A diretoria de comunicação da empresa nos EUA se detém apenas em informar que está em contato com os interessados e que assim que tiver chegado a um resultado final o divulgará oficialmente.

A MCI, antiga WorldCom, anunciou a intenção de vender sua participação de quase 52% no capital votante da Embratel no dia 12 de novembro do ano passado. A empresa também é dona de 19,3% das ações preferenciais da operadora brasileira.

Na época, a companhia americana informou que pretendia se desfazer dos ativos considerados "não-estratégicos" para reduzir custos e fortalecer suas operações no mercado dos EUA.

De acordo com analistas, a venda da Embratel poderia render até US$ 400 milhões aos cofres da MCI. No final do ano passado foram entregues três propostas para a compra da empresa.

Além do consórcio formado pelas três companhias de telefonia fixa (Telemar, Telefônica e Brasil Telecom), fizeram ofertas o Telos --fundo de pensão dos funcionários da Embratel-- e o grupo mexicano Telmex, que no Brasil já controla a Claro, de telefonia celular.

No começo da semana, surgiram rumores de que Telmex preparava uma nova oferta para comprar a Embratel. O magnata mexicano Carlos Slim, controlador da Telmex, tinha em julho do ano passado US$ 1,7 bilhão em dívida da MCI. A proposta seria trocar as ações da empresa americana na Embratel pela amortização da dívida.

A WorldCom decretou moratória em 2002 por conta de um escândalo contábil de US$ 11 bilhões que levou ao indiciamento criminal do ex-presidente da empresa Bernard Ebbers, na Justiça dos EUA. O caso foi considerado uma das maiores moratórias da história dos EUA.

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