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20/04/2004
-
14h10
ELAINE COTTA
da Folha Online
Os advogados da Calais estão analisando a possibilidade de a saída da MCI (ex-WorldCom), controladora da Embratel, da concordata de quase dois anos inviabilizar a aquisição da operadora brasileira pela empresa.
A Calais foi criada pelo consórcio formado pela Geodex e pelas três teles fixas (Telemar, Brasil Telecom e Telefônica) para disputar o controle da Embratel, colocada à venda no final de 2003.
Os advogados da Calais e o porta-voz do consórcio, Otávio Azevedo, estão nos EUA para acompanhar de perto o processo. A Calais, no entanto, prefere não se pronunciar oficialmente sobre o fim da concordata até que haja uma análise mais técnica da operação.
Segundo analistas, a saída da concordata beneficia a mexicana Telmex, que já tem um contrato de compra da Embratel com a MCI, assinado em 15 de março.
A operação, no entanto, não havia sido oficializada porque a venda precisa passar pela aprovação da Corte de Falências de Nova York porque a MCI estava em concordata. A decisão deveria ter sido anunciada no dia 13 de abril, mas foi adiada para o próximo dia 27 a pedido da própria MCI.
Três grupos encaminharam propostas pela Embratel --Calais, Telmex e um consórcio liderado pelo Telos (fundo de pensão dos funcionários da Embratel. A Calais ofereceu US$ 550 milhões.
Mas a MCI optou pela oferta de US$ 360 milhões da Telmex alegando que a venda para a mexicana teria mais chances de ser aprovada pelos órgãos reguladores do Brasil, como a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).
A esperança da Calais era que a Corte de Falências interferisse na venda e obrigasse a MCI a vender pela oferta mais elevada. A saída da concordata, segundo analistas, acabaria com o poder de veto da Justiça e deixaria à MCI a decisão de vender ou não para a Telmex.
Ontem, inclusive, a Calais havia feito mais uma nova proposta. Após oferecer uma garantia de até US$ 360 milhões pelo risco regulatório envolvendo a compra da Embratel, elevou em 10% essa oferta como proposta final do grupo na transação (US$ 396 milhões) na assinatura do contrato de compra da empresa.
Hoje, a MCI oficializou sua saída do processo de concordata que enfrentava há cerca de dois anos. Em 2002, a WorldCom decretou moratória por conta de um escândalo contábil de US$ 11 bilhões que levou ao indiciamento criminal do ex-presidente da empresa Bernard Ebbers. O caso foi considerado um dos maiores escândalos contábeis da história dos EUA.
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da Folha Online
Os advogados da Calais estão analisando a possibilidade de a saída da MCI (ex-WorldCom), controladora da Embratel, da concordata de quase dois anos inviabilizar a aquisição da operadora brasileira pela empresa.
A Calais foi criada pelo consórcio formado pela Geodex e pelas três teles fixas (Telemar, Brasil Telecom e Telefônica) para disputar o controle da Embratel, colocada à venda no final de 2003.
Os advogados da Calais e o porta-voz do consórcio, Otávio Azevedo, estão nos EUA para acompanhar de perto o processo. A Calais, no entanto, prefere não se pronunciar oficialmente sobre o fim da concordata até que haja uma análise mais técnica da operação.
Segundo analistas, a saída da concordata beneficia a mexicana Telmex, que já tem um contrato de compra da Embratel com a MCI, assinado em 15 de março.
A operação, no entanto, não havia sido oficializada porque a venda precisa passar pela aprovação da Corte de Falências de Nova York porque a MCI estava em concordata. A decisão deveria ter sido anunciada no dia 13 de abril, mas foi adiada para o próximo dia 27 a pedido da própria MCI.
Três grupos encaminharam propostas pela Embratel --Calais, Telmex e um consórcio liderado pelo Telos (fundo de pensão dos funcionários da Embratel. A Calais ofereceu US$ 550 milhões.
Mas a MCI optou pela oferta de US$ 360 milhões da Telmex alegando que a venda para a mexicana teria mais chances de ser aprovada pelos órgãos reguladores do Brasil, como a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).
A esperança da Calais era que a Corte de Falências interferisse na venda e obrigasse a MCI a vender pela oferta mais elevada. A saída da concordata, segundo analistas, acabaria com o poder de veto da Justiça e deixaria à MCI a decisão de vender ou não para a Telmex.
Ontem, inclusive, a Calais havia feito mais uma nova proposta. Após oferecer uma garantia de até US$ 360 milhões pelo risco regulatório envolvendo a compra da Embratel, elevou em 10% essa oferta como proposta final do grupo na transação (US$ 396 milhões) na assinatura do contrato de compra da empresa.
Hoje, a MCI oficializou sua saída do processo de concordata que enfrentava há cerca de dois anos. Em 2002, a WorldCom decretou moratória por conta de um escândalo contábil de US$ 11 bilhões que levou ao indiciamento criminal do ex-presidente da empresa Bernard Ebbers. O caso foi considerado um dos maiores escândalos contábeis da história dos EUA.
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