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27/06/2004 - 07h12

Empresas elevam lucro em 135%, e bancos, em 1.039% com Plano Real

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da Folha de S.Paulo

Em dez anos de nova moeda, o lucro líquido do setor produtivo no país somou R$ 210,4 bilhões. O montante em 2003, o último ano com dados fechados, foi 135,1% superior ao verificado em dezembro de 1994. Nesse mesmo período, a taxa de expansão no lucro dos bancos foi ainda superior.

Ao final de 1994, as instituições financeiras lucraram R$ 3,1 bilhões. Em dezembro de 2003, o volume atingiu R$ 11,5 bilhões --uma expansão de 273,4%. Nesse caso estão incluídos 29 bancos de diferentes portes. O ganho conjunto dos dez maiores teve crescimento de 1.039% sobre 94.

Já as companhias de capital aberto (ações em Bolsa) apresentaram lucro de R$ 19,8 bilhões em 1994. No ano passado, o valor chegou a R$ 46,6 bilhões, o que representa um crescimento de 135,1%.

Quanto à rentabilidade, os resultados continuam a apresentar discrepâncias. Enquanto a taxa anual de retorno do setor produtivo não passou de um dígito --média de 5,47% de 1994 a 2003--, o setor financeiro alcançou uma taxa de 14,95% no mesmo intervalo de tempo. Os dados fazem parte de um cruzamento de informações da consultoria Economática e da ABM Consulting.

No caso das instituições financeiras, a rentabilidade refere-se ao grupo de empresas que, em 2003, integravam o ranking dos dez maiores bancos. Os números das empresas correspondem ao total de companhias abertas e não-financeiras no país. A Petrobras está incluída no levantamento.

Foi a forte pressão no câmbio que, em parte, ajudou a manchar os balancetes das companhias por diversos anos. Esse cenário de dólar mais caro nos anos de 1999 e 2002, principalmente, ajudou a inflar o endividamento. As altas taxas de juros nos financiamentos no exterior tiveram efeito nocivo também, assim como a retração na demanda interna.

No entanto, em nenhum ano do Real, as companhias abertas tiveram prejuízo na soma dos resultados. Em 2003, a receita líquida das empresas alcançou um volume 73% superior ao de 1994.

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