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30/06/2004
-
18h58
JANAINA LAGE
da Folha Online
O dólar encerrou o primeiro semestre com a maior alta desde o período das eleições presidenciais em 2002. Dificuldades de articulação política do governo na votação de medidas provisórias, perspectiva de aumento dos juros nos EUA antes do previsto, escalada do terrorismo e elevação do preço do petróleo foram alguns dos eventos que alavancaram as cotações neste período.
A Ptax (média oficial do dólar) avançou 7,6% nos primeiros seis meses deste ano. A última forte alta da moeda ocorreu em dezembro de 2002, quando o dólar acumulou alta de 22,58%, segundo a consultoria Economática.
A Bovespa fechou hoje o seu pior semestre desde junho de 2002, ano da eleição do presidente Lula, e acumulou perdas de 4,8% de janeiro a junho.
Para o próximo semestre, analistas destacam as eleições municipais, a votação da contribuição dos inativos e o ritmo de aumento dos juros nos EUA como os fatores que vão orientar o mercado de câmbio no segundo semestre.
"O mercado ficará atento ao número de prefeitos que o PT conseguirá eleger. Outro ponto de destaque é a preferência dos eleitores por José Serra, oponente de Lula nas últimas eleições, na cidade de São Paulo", comenta o estrategista da Global Invest Asset Management, Paulo Gomes.
O analista do Banco Rendimento, Hélio Ozaki, afirma que o grande vilão da alta do câmbio neste semestre foi a perspectiva de aumento dos juros nos EUA. "O segundo trimestre foi praticamente comprometido devido ao temor de um aumento mais agressivo dos juros", diz.
Apesar do aumento de 0,25 ponto percentual divulgado hoje, o analista ressalta que o Fed não deve hesitar em fazer um aperto monetário um pouco mais drástico se a inflação avançar acima das previsões. "O comunicado indica que a responsabilidade sobre as ações futuras do Fed ficou a cargo do ritmo de crescimento econômico", destaca.
A mudança de cenário levou analistas a revisar projeções para a taxa de juros no fim do ano. O comportamento dos preços no cenário interno ainda suscita preocupação. Nesta semana, a pesquisa Focus, organizada pelo BC, revelou o sétimo aumento nas previsões do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) para o fim do ano. A expectativa agora é de que o índice encerre o ano em 6,96%. Analistas estimam que a taxa de juros caia para 15,5% ao ano em dezembro.
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Dólar fecha o semestre em alta de 7,6%, a maior desde as eleições
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A Ptax (média oficial do dólar) avançou 7,6% nos primeiros seis meses deste ano. A última forte alta da moeda ocorreu em dezembro de 2002, quando o dólar acumulou alta de 22,58%, segundo a consultoria Economática.
A Bovespa fechou hoje o seu pior semestre desde junho de 2002, ano da eleição do presidente Lula, e acumulou perdas de 4,8% de janeiro a junho.
Para o próximo semestre, analistas destacam as eleições municipais, a votação da contribuição dos inativos e o ritmo de aumento dos juros nos EUA como os fatores que vão orientar o mercado de câmbio no segundo semestre.
"O mercado ficará atento ao número de prefeitos que o PT conseguirá eleger. Outro ponto de destaque é a preferência dos eleitores por José Serra, oponente de Lula nas últimas eleições, na cidade de São Paulo", comenta o estrategista da Global Invest Asset Management, Paulo Gomes.
O analista do Banco Rendimento, Hélio Ozaki, afirma que o grande vilão da alta do câmbio neste semestre foi a perspectiva de aumento dos juros nos EUA. "O segundo trimestre foi praticamente comprometido devido ao temor de um aumento mais agressivo dos juros", diz.
Apesar do aumento de 0,25 ponto percentual divulgado hoje, o analista ressalta que o Fed não deve hesitar em fazer um aperto monetário um pouco mais drástico se a inflação avançar acima das previsões. "O comunicado indica que a responsabilidade sobre as ações futuras do Fed ficou a cargo do ritmo de crescimento econômico", destaca.
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