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23/07/2004
-
20h04
JANAINA LAGE
da Folha Online
Os papéis da operadora de telefonia Brasil Telecom, que atua em nove Estados do centro-sul do país e no Distrito Federal, e da Brasil Telecom Participações voltaram a integrar a lista das maiores quedas na sessão de hoje.
Desde que o mercado tomou conhecimento que a empresa promoveu uma suposta espionagem envolvendo o alto escalão do governo, como revelou reportagem da Folha, os papéis da operadora já caíram 11,9%. As ações da Brasil Telecom Participações despencaram 12%.
Hoje, as ações da operadora cederam 7,7% e fecharam a R$ 10,53. Os papéis da Brasil Telecom Participações recuaram 4,8%, para R$ 17,41.
Segundo o analista do banco Prosper, Gustavo Alcântara, as sucessivas brigas entre os controladores da empresa contribuem para que o papel tenha um desconto cada vez maior no preço em Bolsa. "Estes eventos vão ficando na memória do investidor e por mais que a empresa tenha um bom desempenho operacional, seu preço tende a cair", diz.
Para Alcântara, o acionista minoritário sai prejudicado em decisões estratégicas devido à briga entre os controladores. "A empresa demorou a entrar no segmento de telefonia celular, que atualmente cresce muito mais do que o de telefonia fixa", diz. A empresa foi a última entre as principais teles fixas a cumprir as metas de universalização. Esta era uma etapa obrigatória para que pudesse atuar na telefonia fixa.
A perspectiva de que a empresa não venha a resolver o impasse entre os controladores dentro do prazo até julho de 2005 estipulado pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) fez com que muitos investidores começassem a se desfazer do papel.
Hoje, a Kroll, empresa de investigação contratada pela Brasil Telecom para espionar a Telecom Italia, divulgou nota oficial negando que tenha investigado qualquer integrante do governo.
A Merrill Lynch rebaixou hoje a recomendação de Brasil Telecom e Telemig Celular de "compra" para "neutra". De acordo com o relatório da corretora, a mudança reflete uma perspectiva mais cautelosa em relação à telefonia. A Merrill Lynch afirma que a telefonia celular deve continuar a apresentar desempenho superior ao da telefonia fixa.
Além disso, os dividendos deverão se tornar cada vez mais importantes como critério de seleção de papéis com os investidores assumindo posições mais defensivas. A corretora destaca também que o governo deve permanecer com a chave para solucionar conflitos entre acionistas.
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Desde que o mercado tomou conhecimento que a empresa promoveu uma suposta espionagem envolvendo o alto escalão do governo, como revelou reportagem da Folha, os papéis da operadora já caíram 11,9%. As ações da Brasil Telecom Participações despencaram 12%.
Hoje, as ações da operadora cederam 7,7% e fecharam a R$ 10,53. Os papéis da Brasil Telecom Participações recuaram 4,8%, para R$ 17,41.
Segundo o analista do banco Prosper, Gustavo Alcântara, as sucessivas brigas entre os controladores da empresa contribuem para que o papel tenha um desconto cada vez maior no preço em Bolsa. "Estes eventos vão ficando na memória do investidor e por mais que a empresa tenha um bom desempenho operacional, seu preço tende a cair", diz.
Para Alcântara, o acionista minoritário sai prejudicado em decisões estratégicas devido à briga entre os controladores. "A empresa demorou a entrar no segmento de telefonia celular, que atualmente cresce muito mais do que o de telefonia fixa", diz. A empresa foi a última entre as principais teles fixas a cumprir as metas de universalização. Esta era uma etapa obrigatória para que pudesse atuar na telefonia fixa.
A perspectiva de que a empresa não venha a resolver o impasse entre os controladores dentro do prazo até julho de 2005 estipulado pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) fez com que muitos investidores começassem a se desfazer do papel.
Hoje, a Kroll, empresa de investigação contratada pela Brasil Telecom para espionar a Telecom Italia, divulgou nota oficial negando que tenha investigado qualquer integrante do governo.
A Merrill Lynch rebaixou hoje a recomendação de Brasil Telecom e Telemig Celular de "compra" para "neutra". De acordo com o relatório da corretora, a mudança reflete uma perspectiva mais cautelosa em relação à telefonia. A Merrill Lynch afirma que a telefonia celular deve continuar a apresentar desempenho superior ao da telefonia fixa.
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