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30/07/2004 - 17h53

Bovespa sobe pelo 4º dia e avança 5,6% no mês; ação do BB cai 1,5%

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SÉRGIO RIPARDO
da Folha Online

A Bovespa subiu hoje pelo quarto dia consecutivo, no embalo das ações de energia, e fechou acumulando ganhos de 5,6% em julho. Foi o segundo mês de desempenho mensal positivo. Em junho, a alta havia sido de 8,2%.

O principal índice da Bolsa encerrou a sexta-feira com valorização modesta de 0,49%, marcando 22.336 pontos, o nível mais elevado em duas semanas. O pregão movimentou R$ 1,011 bilhão, próximo da média diária do ano (R$ 1,1 bilhão). Na semana, o Ibovespa avançou 3,4% e registra agora leve ganho de 0,4% no ano.

O setor de energia foi favorecido pela divulgação dos decretos que regulam o novo modelo do setor. A maior alta do Ibovespa foi da ação ordinária da Eletrobrás, que valorizou 4,4%, a R$ 43,56. O IEE, índice dos 11 papéis de energia, subiu 0,8%.

"A idéia do novo marco regulatório é atrair investimentos para o setor, dando previsibilidade para o planejamento de longo prazo. As empresas não devem mais investir no escuro, pois o modelo define fórmulas de preços e comercialização", afirmou o analista da corretora Socopa, Marcos Paulo Fernandes Pereira.

O crescimento abaixo do esperado dos EUA no primeiro semestre também contribuiu para a alta do Ibovespa, pois o dado sinaliza que os juros não devem subir com força na maior economia do mundo. Ou seja, as aplicações em ativos de países emergentes, como ações e títulos da dívida externas, não devem ser tão prejudicadas no curto prazo.

Hoje, o Departamento de Comércio dos EUA anunciou que o PIB (Produto Interno Bruto) cresceu a uma taxa anualizada de 3% no segundo trimestre. O resultado veio abaixo das previsões (3,7%) dos analistas.

Ação do BB cai após denúncia

O destaque negativo desta sexta-feira foi a ação ordinária do Banco do Brasil, que encerrou em queda de 1,49%, cotada a R$ 23, após uma semana de ganhos. Hoje, a revista "IstoÉ" veiculou uma nova denúncia contra o presidente do maior banco do país, Cássio Casseb, 48.

Segundo a revista, ele teria escondido da Receita Federal nove operações no exterior, totalizando US$ 593 mil, realizadas entre junho de 1999 e maio de 2002. Por meio de sua assessoria, Casseb negou as acusações.

Já o diretor de Normas do Banco Central, Sérgio Darcy, 59, insinuou que as denúncias contra integrantes do BC têm motivações políticas, típicas de um ano eleitoral. "A gente não está entendendo bem, pelo menos eu, essa movimentação toda que surgiu de repente, em uma fase tão boa da economia brasileira. Tenho convicções políticas, mas não entro nessas questões", disse Darcy, após participar de um seminário no Rio.

Na última quarta-feira (28), o diretor de Política Monetária do BC, Luiz Augusto Candiota, 38, pediu demissão, cinco dias depois de a revista "IstoÉ" ter veiculado reportagem segundo a qual Candiota é suspeito de sonegação de impostos e evasão de divisas. Já o presidente do BC, Henrique Meirelles, 58, também citado pela revista como suspeito de irregularidades fiscais, negou tudo e disse que ficará no cargo.

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