08/12/2004 - 11h53

Gasolina e ônibus vão pressionar inflação em dezembro, diz IBGE

JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio

A inflação de dezembro pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) deve ser pressionada pelo segundo reajuste dos combustíveis anunciado pela Petrobras no dia 25 de novembro, pelas tarifas de telefonia fixa e pelos preços das passagens de ônibus urbano.

Segundo a gerente da Coordenação de Índices de Preços do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Eulina Nunes dos Santos, o resíduo da segunda parcela do reajuste de telefonia fixa autorizado pela Justiça para corrigir a diferença entre o IPCA e o IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna) deve voltar a pressionar o índice oficial de inflação. No ano, a telefonia fixa acumula alta de 14,29% e representou a maior contribuição para a inflação. De janeiro a novembro, o IPCA subiu 6,68%.

Caso haja repasse integral de preços, a gasolina pode representar um impacto de até 0,28 ponto percentual na inflação de dezembro. No ano, a gasolina já subiu 9,11% e o álcool, 28%.

São Paulo, Brasília, Belém, Salvador e Goiânia ainda não aumentaram o preço das passagens de ônibus urbanos. Fortaleza está reajustando os preços neste mês.

As tarifas de energia elétrica devem contribuir para reduzir o índice no fim do ano. Isto porque em novembro elas já ficaram 0,36% mais baratas com a redução da parcela referente ao encargo de capacidade emergencial. O IBGE estima que um resíduo dessa redução deve ser verificado na inflação de dezembro.

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