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14/12/2004
-
17h18
VINICIUS ALBUQUERQUE
da Folha Online
O Federal Reserve (Fed, o BC americano) anunciou nesta terça-feira a elevação de sua taxa de juros em 0,25 ponto percentual, para 2,25% ao ano.
Foi o quinto aumento consecutivo desde junho (em julho não há reunião do Fed). O banco vem elevando gradualmente sua taxa de juros em 0,25 ponto percentual por reunião em razão do reaquecimento, ainda que inconstante, da atividade econômica nos EUA.
A ação já era esperada pelos economistas e pelo mercado financeiro.
Os indicadores econômicos mais recentes apontam para uma retomada da economia americana. O PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA referente ao terceiro trimestre foi revisado para cima e mostrou crescimento anualizado de 3,9%. Os dados sobre consumo também animam: as vendas no varejo registraram 0,5% de alta em novembro excluídas as vendas de automóveis.
O dólar em queda em relação ao euro, apesar de dificultar os investimentos estrangeiros nos EUA, favorece o setor produtivo, já que torna as exportações americanas mais competitivas.
Por isso, o Fed vem apertando a política monetária com o objetivo de evitar que um possível reaquecimento da economia resulte em aumentos excessivos de preços. A inflação no país tem registrado altas moderadas, mas constantes.
Os preços no atacado nos EUA subiram 0,5% em novembro, abaixo da forte alta de outubro (+1,7%, maior alta em 14 anos). Mesmo tendo caído em relação a outubro, o dado ficou bem acima do esperado: alta de só 0,1%.
O dado sobre inflação acompanhado com maior atenção, o que mede os preços ao consumidor, deve ser divulgado na sexta-feira. Em outubro, o CPI (sigla em inglês para índice de preços ao consumidor) subiu 0,6% --maior aumento em cinco meses-- pressionado pelos preços da gasolina e de alimentos.
A grande pedra no sapato na economia dos EUA, no entanto, são os resultados modestos obtidos pelo governo americano sobre a criação de empregos. No mês passado foram criados 112 mil postos de trabalho, contra 303 mil criados em outubro.
Mesmo o dado de outubro não é tão positivo, já que boa parte das vagas criadas eram para serviços de limpeza e reconstrução no sudeste dos EUA, região atingida por uma série de furacões em setembro.
Outro ponto fraco é a balança comercial. Os EUA vêm registrando seguidos déficits, com destaque para as trocas comerciais com a China. O déficit comercial americano em outubro, divulgado hoje, foi de US$ 55,5 bilhões.
Com agências internacionais
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da Folha Online
O Federal Reserve (Fed, o BC americano) anunciou nesta terça-feira a elevação de sua taxa de juros em 0,25 ponto percentual, para 2,25% ao ano.
Foi o quinto aumento consecutivo desde junho (em julho não há reunião do Fed). O banco vem elevando gradualmente sua taxa de juros em 0,25 ponto percentual por reunião em razão do reaquecimento, ainda que inconstante, da atividade econômica nos EUA.
A ação já era esperada pelos economistas e pelo mercado financeiro.
Os indicadores econômicos mais recentes apontam para uma retomada da economia americana. O PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA referente ao terceiro trimestre foi revisado para cima e mostrou crescimento anualizado de 3,9%. Os dados sobre consumo também animam: as vendas no varejo registraram 0,5% de alta em novembro excluídas as vendas de automóveis.
O dólar em queda em relação ao euro, apesar de dificultar os investimentos estrangeiros nos EUA, favorece o setor produtivo, já que torna as exportações americanas mais competitivas.
Por isso, o Fed vem apertando a política monetária com o objetivo de evitar que um possível reaquecimento da economia resulte em aumentos excessivos de preços. A inflação no país tem registrado altas moderadas, mas constantes.
Os preços no atacado nos EUA subiram 0,5% em novembro, abaixo da forte alta de outubro (+1,7%, maior alta em 14 anos). Mesmo tendo caído em relação a outubro, o dado ficou bem acima do esperado: alta de só 0,1%.
O dado sobre inflação acompanhado com maior atenção, o que mede os preços ao consumidor, deve ser divulgado na sexta-feira. Em outubro, o CPI (sigla em inglês para índice de preços ao consumidor) subiu 0,6% --maior aumento em cinco meses-- pressionado pelos preços da gasolina e de alimentos.
A grande pedra no sapato na economia dos EUA, no entanto, são os resultados modestos obtidos pelo governo americano sobre a criação de empregos. No mês passado foram criados 112 mil postos de trabalho, contra 303 mil criados em outubro.
Mesmo o dado de outubro não é tão positivo, já que boa parte das vagas criadas eram para serviços de limpeza e reconstrução no sudeste dos EUA, região atingida por uma série de furacões em setembro.
Outro ponto fraco é a balança comercial. Os EUA vêm registrando seguidos déficits, com destaque para as trocas comerciais com a China. O déficit comercial americano em outubro, divulgado hoje, foi de US$ 55,5 bilhões.
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