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07/01/2005
-
11h49
SÉRGIO RIPARDO
da Folha Online
Os mercados emergentes, como o Brasil, respiraram hoje aliviados após a divulgação do relatório de emprego dos EUA, cujo resultado foi alvo de especulações desde o início da semana. O dado apontou uma criação de vagas em dezembro abaixo das expectativas dos bancos. Em outras palavras, perdeu força a aposta dos últimos dias em uma alta mais intensa dos juros nos EUA, pois o mercado de trabalho não se recuperou ainda totalmente.
Depois do anúncio do dado, o dólar acentuou o ritmo de queda e voltou a ficar abaixo do patamar de R$ 2,70 com baixa de 0,95%, vendido a R$ 2,697. O Ibovespa (53 ações mais negociadas) sobe 2%, aos 24.857 pontos. O risco Brasil recua 1,65%, aos 415 pontos.
Ou seja, os indicadores financeiros interromperam um movimento negativo iniciado desde a última segunda-feira. Na terça-feira, a ata do banco central dos EUA potencializou a temporada de realização de lucros ao indicar que a atual taxa de juros (2,25%) está abaixo do nível necessário para controlar a inflação. O Fed se reúne nos dias 1 e 2 de fevereiro. A expectativa é de novo aumento do juro.
Para o final deste primeiro semestre, alguns analistas esperam uma taxa de 3%. Mas alguns economistas falam que só um juro americano acima de 4% poderia reduzir significativamente a atratividade dos títulos dos países emergentes.
"Payroll"
O principal indicador do mercado de trabalho americano ("payroll", folha de pagamento), divulgado hoje pelo Departamento do Trabalho dos EUA, apontou a criação de 157 mil empregos em dezembro, abaixo do número esperado pelos bancos (175 mil).
Se o dado tivesse superado muito essa expectativa dos bancos, a aposta de uma alta agressiva do juro nos EUA ganharia força, provocando turbulências no mercado, com a reavaliação das carteiras de investimentos.
Uma recuperação mais rápida do mercado de trabalho tende a ampliar o consumo favorecendo pressões inflacionárias. Para combater a alta dos preços, o remédio ortodoxo é elevar os juros. Nos últimos meses, o indicador ganhou maior relevância para os investidores, pois dá pistas sobre o rumo da política monetária. O "payroll" de janeiro será divulgado no dia 4 de fevereiro.
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Depois do anúncio do dado, o dólar acentuou o ritmo de queda e voltou a ficar abaixo do patamar de R$ 2,70 com baixa de 0,95%, vendido a R$ 2,697. O Ibovespa (53 ações mais negociadas) sobe 2%, aos 24.857 pontos. O risco Brasil recua 1,65%, aos 415 pontos.
Ou seja, os indicadores financeiros interromperam um movimento negativo iniciado desde a última segunda-feira. Na terça-feira, a ata do banco central dos EUA potencializou a temporada de realização de lucros ao indicar que a atual taxa de juros (2,25%) está abaixo do nível necessário para controlar a inflação. O Fed se reúne nos dias 1 e 2 de fevereiro. A expectativa é de novo aumento do juro.
Para o final deste primeiro semestre, alguns analistas esperam uma taxa de 3%. Mas alguns economistas falam que só um juro americano acima de 4% poderia reduzir significativamente a atratividade dos títulos dos países emergentes.
"Payroll"
O principal indicador do mercado de trabalho americano ("payroll", folha de pagamento), divulgado hoje pelo Departamento do Trabalho dos EUA, apontou a criação de 157 mil empregos em dezembro, abaixo do número esperado pelos bancos (175 mil).
Se o dado tivesse superado muito essa expectativa dos bancos, a aposta de uma alta agressiva do juro nos EUA ganharia força, provocando turbulências no mercado, com a reavaliação das carteiras de investimentos.
Uma recuperação mais rápida do mercado de trabalho tende a ampliar o consumo favorecendo pressões inflacionárias. Para combater a alta dos preços, o remédio ortodoxo é elevar os juros. Nos últimos meses, o indicador ganhou maior relevância para os investidores, pois dá pistas sobre o rumo da política monetária. O "payroll" de janeiro será divulgado no dia 4 de fevereiro.
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