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18/01/2005
-
11h05
JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio
O comércio varejista brasileiro vai encerrar o ano de 2004 com o primeiro desempenho positivo desde que o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) começou a divulgar a pesquisa do setor, em 2001.
Em novembro, as vendas no varejo cresceram 6,44% e apresentaram a décima segunda taxa positiva.
Na avaliação do coordenador da pesquisa, Nilo Macedo, o crescimento deste ano será suficiente para compensar as perdas dos últimos três anos e ainda registrar crescimento. Em 2001, as vendas no comércio caíram 1,57%; em 2002, -0,70%; e em 2003, -3,67%.
Apesar da fraca base de comparação, os cálculos do técnico indicam que as vendas fecharão 2004 com um crescimento acumulado de 2,60% de 2001 a 2004.
Macedo atribui a melhora no desempenho do varejo ao aumento do acesso ao crédito, com a criação de novas linhas de financiamento com juros mais em conta e prazo de pagamento mais flexível e à estabilidade do quadro econômico, com apreciação do real e melhora do emprego e da renda.
O cálculo considera o crescimento das vendas até novembro mas Macedo estima que o resultado de dezembro fique próximo da taxa de crescimento dos últimos 12 meses, de 8,33%.
O principal destaque de 2004 foi o setor de móveis e eletrodomésticos, que acumula crescimento de 26,95%. Macedo atribui o desempenho à popularização de produtos como DVDs, câmeras digitais e celulares multifuncionais e à oferta de crédito.
Para os próximos meses, a projeção é de que a receita de crescimento das vendas no varejo sofra alterações. Isso porque em 2004, a expansão foi baseada no crédito, que tende a perder força com o fim do ciclo de endividamento das famílias. Nos últimos meses, segmentos mais dependentes da renda têm apresentado leve recuperação e os que dependem de crédito têm dado mostras de arrefecimento.
Segundo Macedo, o resultado desta mudança será um crescimento mais modesto. Apesar disso, resta saber qual será o impacto do aumento de 1,75 ponto percentual na taxa básica de juros desde setembro. De acordo com o técnico, para o varejo o risco de inadimplência costuma ser mais relevante do que os aumentos de juros, mas o impacto só pode ser medido, em média, seis meses após a elevação da taxa. Com isso, os resultados de 2005 poderão sofrer a influência da Selic a 17,75%.
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O comércio varejista brasileiro vai encerrar o ano de 2004 com o primeiro desempenho positivo desde que o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) começou a divulgar a pesquisa do setor, em 2001.
Em novembro, as vendas no varejo cresceram 6,44% e apresentaram a décima segunda taxa positiva.
Na avaliação do coordenador da pesquisa, Nilo Macedo, o crescimento deste ano será suficiente para compensar as perdas dos últimos três anos e ainda registrar crescimento. Em 2001, as vendas no comércio caíram 1,57%; em 2002, -0,70%; e em 2003, -3,67%.
Apesar da fraca base de comparação, os cálculos do técnico indicam que as vendas fecharão 2004 com um crescimento acumulado de 2,60% de 2001 a 2004.
Macedo atribui a melhora no desempenho do varejo ao aumento do acesso ao crédito, com a criação de novas linhas de financiamento com juros mais em conta e prazo de pagamento mais flexível e à estabilidade do quadro econômico, com apreciação do real e melhora do emprego e da renda.
O cálculo considera o crescimento das vendas até novembro mas Macedo estima que o resultado de dezembro fique próximo da taxa de crescimento dos últimos 12 meses, de 8,33%.
O principal destaque de 2004 foi o setor de móveis e eletrodomésticos, que acumula crescimento de 26,95%. Macedo atribui o desempenho à popularização de produtos como DVDs, câmeras digitais e celulares multifuncionais e à oferta de crédito.
Para os próximos meses, a projeção é de que a receita de crescimento das vendas no varejo sofra alterações. Isso porque em 2004, a expansão foi baseada no crédito, que tende a perder força com o fim do ciclo de endividamento das famílias. Nos últimos meses, segmentos mais dependentes da renda têm apresentado leve recuperação e os que dependem de crédito têm dado mostras de arrefecimento.
Segundo Macedo, o resultado desta mudança será um crescimento mais modesto. Apesar disso, resta saber qual será o impacto do aumento de 1,75 ponto percentual na taxa básica de juros desde setembro. De acordo com o técnico, para o varejo o risco de inadimplência costuma ser mais relevante do que os aumentos de juros, mas o impacto só pode ser medido, em média, seis meses após a elevação da taxa. Com isso, os resultados de 2005 poderão sofrer a influência da Selic a 17,75%.
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