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02/02/2005 - 09h47

Anfavea quer que governo ajude a combater alta no preço do aço

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da Folha de S.Paulo

Sob pressão das montadoras, a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) vai pedir ajuda do governo para impedir uma nova rodada de aumentos nos preços do aço --um dos principais insumos utilizados nos veículos.

Levantamento da associação mostra que o aço para as montadoras subiu 64% em média no ano passado e existe a expectativa de novos reajustes neste mês.

A Anfavea ainda define como será feito o protesto contra os reajustes, que deve ser anunciado nesta sexta-feira, quando divulgará o desempenho do setor em janeiro. Várias reuniões entre executivos da entidade ocorrem desde o início desta semana na tentativa de barrar as altas de preços.

O assunto é tratado como prioridade neste momento porque, apesar do crescimento das vendas no ano passado, a rentabilidade das montadoras está baixa: 2004 foi marcado pela forte elevação nos preços dos insumos.

As altas não foram totalmente repassadas pelo receio de queda nas vendas.

Este é o momento em que tradicionalmente ocorrem as negociações entre produtores de minério de ferro e as siderúrgicas. Como esse mercado está aquecido, será difícil evitar os reajustes, segundo especialistas do setor. As negociações devem durar mais dois meses, e a tendência é que as siderúrgicas repassem os aumentos.

Na semana passada, executivos da Companhia Vale do Rio Doce disseram ao "Wall Street Journal" que o preço do minério de ferro precisa ser realinhado --informação antes publicada na coluna "Painel S.A". Esse reajuste pode chegar a 70%, segundo informa uma montadora.

As negociações de preços ocorrem desde 2004. Executivos de montadoras se reuniram diversas vezes com representantes do governo para pedir um freio nos repasses das siderúrgicas.

Em dezembro, no entanto, segundo a Folha apurou, o ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento) disse a interlocutores que esse é um problema de mercado e que o governo não iria se envolver no assunto.

As montadoras querem exatamente isso: que o governo pressione as siderúrgicas a segurarem preços com o argumento de que isso pode prejudicar as exportações de carros. Em 2004, as exportações somaram 494 mil unidades, 12% a mais do que em 2003.

Os preços dos veículos aumentaram mais do que a inflação em 2004, segundo levantamento de uma associação de concessionárias. Os carros da Volks subiram 24,25%; da GM, 24,15%; da Ford, 19,95%, e da Fiat, 23,95%.

A inflação no período foi da ordem de 8,5%. O preço do carro popular, segundo o IPC da Fipe, subiu 18,08% em São Paulo, enquanto a inflação no período foi de 6,56%.

A Folha procurou anteontem a associação das siderúrgicas para obter informações sobre preços de aços. A entidade informou que não fala sobre esse tema. As montadoras não se pronunciaram.

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