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24/02/2005 - 10h31

Copom diz que gasto do governo não anula aumento de juros

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ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília

As políticas fiscal e de crédito adotadas pelo governo federal não afetam a condução da política monetária. Essa é a avaliação do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), que não deixa de ser uma resposta aos críticos do aumentos dos gastos do governo e do estímulo a oferta de crédito, em especial o crédito consignado --desconto em folha de pagamento.

"É importante ressaltar que impulsos expansionistas de qualquer natureza requerem resposta adequada da política monetária, mas sua ocorrência de modo algum configura perda de efetividade dos instrumentos monetários convencionais", diz a ata da reunião que elevou a taxa básica de juros da economia chegou a 18,75% ao ano.

Recentemente, o governo recebeu da Fiesp (Federação das Indústria de São Paulo) uma série críticas sobre o aumento dos gastos públicos, que contribuiriam para as elevadas taxas de juros praticadas no Brasil.

Sobre o ritmo de despesas do governo, o Copom diz que a política fiscal não torna ineficaz o trabalho de política monetária.

"É inegável que reduções nos gastos públicos reforçam a ação da política monetária no controle da inflação e que o aprofundamento no processo de melhora nas contas públicas abre ainda mais espaço para a redução das taxas de juros reais da economia no médio prazo. Mas, novamente, isso não significa que a atual postura de política fiscal torne ineficazes movimentos dos instrumentos convencionais de política monetária no controle da inflação", explica o documento.

O estímulo ao crédito com desconto em folha de pagamento --com mais dinheiro, os consumidores podem gastar mais, o que pode aumentar a pressão sobre a demanda-- não é visto pelo Copom como um risco para a trajetória da inflação.

"No que diz respeito ao crescimento do crédito em função da introdução de novas modalidades de empréstimo à pessoa física, trata-se de um avanço estrutural importante que, além de contribuir de forma permanente para uma maior eficiência da intermediação financeira, deverá na verdade aumentar a efetividade da política monetária no médio prazo."

A modalidade de empréstimo com desconto em folha é a que mais cresce no país. Em dezembro --último dado disponível-- o estoque do crédito consignado ficou em R$ 12,401 bilhões. Em janeiro do ano passado, era de apenas R$ 6,319 bilhões.

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