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08/03/2005
-
13h33
SÉRGIO RIPARDO
da Folha Online
A onda global de fusões e aquisições no setor de telefonia eclodiu no Brasil, depois dos boatos no mês passado, agitando o pregão da Bolsa de Valores de São Paulo. Foi anunciado oficialmente o início do processo de venda do controle da Telemig, quinta maior operadora de telefonia celular no Brasil, atrás da Vivo, Claro, TIM e Oi (Telemar).
No mês passado, os investidores estrangeiros aceleraram as compras de papéis das teles, apostando que essas ações poderiam oferecer fortes ganhos no curto prazo. Nos EUA, o setor vive uma onda de fusões e aquisições com anúncios da compra da MCI, antiga dona da brasileira Embratel, pela Verizon, da fusão da Sprint com a Nextel e a compra da AT&T pela SBC.
Esse clima de mudanças societárias também atinge o setor de TV por assinatura, que é acompanhado pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). No Brasil, há um acordo que prevê a venda de 34% da Net pela Globopar para a mexicana Telmex. Essa opção de venda poderá ser exercida até 1º de julho deste ano. No início do mês passado, a Telmex já comprou 7,2% do capital votante da Net.
Hoje foi anunciado que o "data-room" (sala de informações sobre a saúde financeira da empresa) da Telemig está prestes a ser aberto para os interessados. Analistas apontam Brasil Telecom, Claro e Vivo como os mais prováveis compradores da participação do grupo Opportunity nas companhias Telemig Celular e Amazônia Celular (Tele Norte Celular).
Com essas expectativas, as ações das teles entraram em uma temporada de forte sobe-e-desce, ao sabor das especulações sobre grau de interesse na disputa de cada grupo em ganhar musculatura no mercado, o tamanho do lances no leilão, a formação de possíveis consórcios e o impacto dessas operações no endividamento das empresas.
O frenesi dos analistas em busca de informações sobre o que vai ocorrer no setor lembra as movimentações observadas em 2002, quando a Portugal Telecom e a Telefônica anunciaram a união de suas operações de telefonia celular no Brasil --inicialmente apelidada de "Portufônica", que resultou na criação da Vivo.
No ano passado, o setor chegou a ser atiçado pelo leilão de licenças para a operação de telefonia celular em São Paulo. Mas Telemar e a Brasil Telecom deixaram de apresentar suas propostas em meio a dúvidas sobre o retorno do investimento.
Nesta terça-feira, os papéis do setor estão entre as maiores quedas do dia, com os investidores embolsando ganhos acumulados nas últimas semanas. Ontem, a Bovespa bateu o nono recorde do ano em pontos. O Ibovespa cai nesta terça-feira 1,55%, aos 28.997 pontos.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre papéis das teles
Onda de aquisições no setor de teles eclode no Brasil
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da Folha Online
A onda global de fusões e aquisições no setor de telefonia eclodiu no Brasil, depois dos boatos no mês passado, agitando o pregão da Bolsa de Valores de São Paulo. Foi anunciado oficialmente o início do processo de venda do controle da Telemig, quinta maior operadora de telefonia celular no Brasil, atrás da Vivo, Claro, TIM e Oi (Telemar).
No mês passado, os investidores estrangeiros aceleraram as compras de papéis das teles, apostando que essas ações poderiam oferecer fortes ganhos no curto prazo. Nos EUA, o setor vive uma onda de fusões e aquisições com anúncios da compra da MCI, antiga dona da brasileira Embratel, pela Verizon, da fusão da Sprint com a Nextel e a compra da AT&T pela SBC.
Esse clima de mudanças societárias também atinge o setor de TV por assinatura, que é acompanhado pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). No Brasil, há um acordo que prevê a venda de 34% da Net pela Globopar para a mexicana Telmex. Essa opção de venda poderá ser exercida até 1º de julho deste ano. No início do mês passado, a Telmex já comprou 7,2% do capital votante da Net.
Hoje foi anunciado que o "data-room" (sala de informações sobre a saúde financeira da empresa) da Telemig está prestes a ser aberto para os interessados. Analistas apontam Brasil Telecom, Claro e Vivo como os mais prováveis compradores da participação do grupo Opportunity nas companhias Telemig Celular e Amazônia Celular (Tele Norte Celular).
Com essas expectativas, as ações das teles entraram em uma temporada de forte sobe-e-desce, ao sabor das especulações sobre grau de interesse na disputa de cada grupo em ganhar musculatura no mercado, o tamanho do lances no leilão, a formação de possíveis consórcios e o impacto dessas operações no endividamento das empresas.
O frenesi dos analistas em busca de informações sobre o que vai ocorrer no setor lembra as movimentações observadas em 2002, quando a Portugal Telecom e a Telefônica anunciaram a união de suas operações de telefonia celular no Brasil --inicialmente apelidada de "Portufônica", que resultou na criação da Vivo.
No ano passado, o setor chegou a ser atiçado pelo leilão de licenças para a operação de telefonia celular em São Paulo. Mas Telemar e a Brasil Telecom deixaram de apresentar suas propostas em meio a dúvidas sobre o retorno do investimento.
Nesta terça-feira, os papéis do setor estão entre as maiores quedas do dia, com os investidores embolsando ganhos acumulados nas últimas semanas. Ontem, a Bovespa bateu o nono recorde do ano em pontos. O Ibovespa cai nesta terça-feira 1,55%, aos 28.997 pontos.
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