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10/03/2005
-
18h13
SÉRGIO RIPARDO
da Folha Online
O momento de recuperação da economia brasileira ajuda a explicar o surgimento de novas companhias aéreas como a Ata Brasil (Atlântico Linhas Aéreas), a BRA, OceanAir e a que está prestes a ser criada pela operadora de turismo CVC. Mas isso não significa que essas empresas vão conseguir sobreviver no mercado. A análise é do especialista em aviação da consultoria Pentágono, Marcelo Ribeiro.
"O que observamos no passado é que em momentos de retomada da economia, novas companhias aéreas, sobretudo regionais, surgem. Em seguida, quando a economia desacelera, elas desaparecem", afirma.
Ele se mostra cético sobre a possibilidade de surgimento de novas companhias aéreas como o perfil da Gol, que inaugurou em 2001 o conceito "low cost, low fare" (baixo custo, baixa tarifa) e teve lucro recorde de R$ 384,7 milhões em 2004.
"No momento não há espaço para uma nova Gol. Veja que em fevereiro a companhia cresceu menos do que a média do mercado, atrás de Varig e TAM."
Para Ribeiro, ainda é muito cedo para os investidores estrangeiros destinarem recursos significativos para o setor aéreo brasileiro. "Para atrairmos de fato investidores estrangeiros de porte e com visão de longo prazo, é preciso que o país cresça de forma sustentada --o que é inédito em um país que desde os anos 80 tem uma crise a cada quatro anos."
A definição de um marco regulatório (regras) para o setor também é apontada pelo analista como fundamental. "Se não tivermos o marco bem definido, o setor continuará tendo dificuldades semelhantes às do setor elétrico."
Ribeiro considera que a aviação comercial do país está sendo submetida a um teste de confiança pelos estrangeiros. "Os investidores que apostam nas ações da Gol esperam um crescimento acima da média. Se a Gol confirmar essa expectativa e ainda assim se mostrar rentável, teremos novas candidatas ao conceito 'low cost, low fare'. Mas isso ainda precisa ser conferido", disse.
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O momento de recuperação da economia brasileira ajuda a explicar o surgimento de novas companhias aéreas como a Ata Brasil (Atlântico Linhas Aéreas), a BRA, OceanAir e a que está prestes a ser criada pela operadora de turismo CVC. Mas isso não significa que essas empresas vão conseguir sobreviver no mercado. A análise é do especialista em aviação da consultoria Pentágono, Marcelo Ribeiro.
"O que observamos no passado é que em momentos de retomada da economia, novas companhias aéreas, sobretudo regionais, surgem. Em seguida, quando a economia desacelera, elas desaparecem", afirma.
Ele se mostra cético sobre a possibilidade de surgimento de novas companhias aéreas como o perfil da Gol, que inaugurou em 2001 o conceito "low cost, low fare" (baixo custo, baixa tarifa) e teve lucro recorde de R$ 384,7 milhões em 2004.
"No momento não há espaço para uma nova Gol. Veja que em fevereiro a companhia cresceu menos do que a média do mercado, atrás de Varig e TAM."
Para Ribeiro, ainda é muito cedo para os investidores estrangeiros destinarem recursos significativos para o setor aéreo brasileiro. "Para atrairmos de fato investidores estrangeiros de porte e com visão de longo prazo, é preciso que o país cresça de forma sustentada --o que é inédito em um país que desde os anos 80 tem uma crise a cada quatro anos."
A definição de um marco regulatório (regras) para o setor também é apontada pelo analista como fundamental. "Se não tivermos o marco bem definido, o setor continuará tendo dificuldades semelhantes às do setor elétrico."
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