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16/03/2005
-
19h50
da Folha Online
Os sindicatos dos trabalhadores consideraram "lamentável" a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central de elevar o juro básico da economia em mais 0,5 ponto percentual, para 19,25% ao ano.
"É lamentável saber que, mais uma vez, a decisão do Copom foi de aumentar a taxa básica de juros. Essa nefasta medida nos consagra com a triste marca de sermos o país campeão em taxas de juros no mundo", afirmou o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho.
Para Paulinho, "o atual governo insiste em privilegiar o setor especulativo".
"Essa aliança do governo com os especuladores está levando a população à desesperança. Ela é contrária a qualquer projeto de desenvolvimento econômico para o Brasil, pois está asfixiando a economia."
A Força Sindical informou ainda que continuará realizando protestos em todo o país com o objetivo de mudar os rumos da economia brasileira.
O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, ligado à Força, também lamentou a decisão do Copom, " que só vem agravar a situação econômica do país, que não é sustentável, e aumentar o desemprego".
"O governo parece ignorar que não são poucos os setores produtivos em dificuldades. Os fabricantes de máquinas e implementos agrícolas, por exemplo, que já vêm demitindo, vão demitir ainda mais. Empresas de eletroeletrônicos já estão trabalhando apenas dois dias por semana para não aumentar ainda mais os seus estoques", divulgou em nota.
"Queremos pouco: emprego, salário digno, indústrias produzindo, qualidade de vida. Mas o governo Lula quer muito: muito imposto, mais juros, mais recordes de arrecadação, mais superávit. É uma fome insaciável, que mata por desnutrição, sucateia hospitais, alimenta a violência e a exclusão social.
CUT
Para o presidente nacional da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Luiz Marinho, a "lamentável" decisão do Copom "só reforça a necessidade de democratização do órgão deliberativo do sistema financeiro, o CMN (Conselho Monetário Internacional)".
Ontem, em conjunto com a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), a CNI (Confederação Nacional da Indústria), empresários, economistas e professores, a CUT lançou a campanha pela ampliação do CMN, para que ele leve em conta o pensamento do setor produtivo (empresas e trabalhadores) e para que o controle da inflação não seja feito somente por meio do aumento dos juros.
"A CUT reitera sua posição de que este mecanismo coloca em risco o crescimento sustentável da economia, porque o aumento dos juros não impede a majoração de preços. Ao contrário, sacrifica a economia, o emprego, os salários e promove o crescimento da dívida pública, o que inibe os investimentos públicos", avaliou Marinho.
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Os sindicatos dos trabalhadores consideraram "lamentável" a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central de elevar o juro básico da economia em mais 0,5 ponto percentual, para 19,25% ao ano.
"É lamentável saber que, mais uma vez, a decisão do Copom foi de aumentar a taxa básica de juros. Essa nefasta medida nos consagra com a triste marca de sermos o país campeão em taxas de juros no mundo", afirmou o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho.
Para Paulinho, "o atual governo insiste em privilegiar o setor especulativo".
"Essa aliança do governo com os especuladores está levando a população à desesperança. Ela é contrária a qualquer projeto de desenvolvimento econômico para o Brasil, pois está asfixiando a economia."
A Força Sindical informou ainda que continuará realizando protestos em todo o país com o objetivo de mudar os rumos da economia brasileira.
O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, ligado à Força, também lamentou a decisão do Copom, " que só vem agravar a situação econômica do país, que não é sustentável, e aumentar o desemprego".
"O governo parece ignorar que não são poucos os setores produtivos em dificuldades. Os fabricantes de máquinas e implementos agrícolas, por exemplo, que já vêm demitindo, vão demitir ainda mais. Empresas de eletroeletrônicos já estão trabalhando apenas dois dias por semana para não aumentar ainda mais os seus estoques", divulgou em nota.
"Queremos pouco: emprego, salário digno, indústrias produzindo, qualidade de vida. Mas o governo Lula quer muito: muito imposto, mais juros, mais recordes de arrecadação, mais superávit. É uma fome insaciável, que mata por desnutrição, sucateia hospitais, alimenta a violência e a exclusão social.
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Para o presidente nacional da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Luiz Marinho, a "lamentável" decisão do Copom "só reforça a necessidade de democratização do órgão deliberativo do sistema financeiro, o CMN (Conselho Monetário Internacional)".
Ontem, em conjunto com a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), a CNI (Confederação Nacional da Indústria), empresários, economistas e professores, a CUT lançou a campanha pela ampliação do CMN, para que ele leve em conta o pensamento do setor produtivo (empresas e trabalhadores) e para que o controle da inflação não seja feito somente por meio do aumento dos juros.
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