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30/03/2005
-
18h57
SÉRGIO RIPARDO
da Folha Online
O site de comércio eletrônico Submarino estreou hoje na Bovespa. Na primeira etapa do pregão, a ação chegou a disparar 6,84%, atingindo a máxima de R$ 23,10 em relação ao preço fixado na oferta pública (R$ 21,62). Mas, no decorrer dos negócios, o papel foi perdendo força e acabou "morrendo na praia", ou seja, encerrou estável, sem ganhos, na contramão da maré positiva do mercado, no dia em que o Ibovespa (53 ações) subiu 2,43%, e a Bolsa eletrônica Nasdaq avançou 1,61%.
A ação chegou também a ser a mais negociada do pregão, mas acabou no terceiro lugar no ranking dos maiores negócios. O volume com o papel somou R$ 126,072 milhões ou 9,79% do giro total do mercado.
O valor da ação (R$ 21,62) fixado na oferta pública já era menor do teto (R$ 23,05) indicado pelo banco que liderou a operação (CSFB). Isso foi visto como um sinal de que a demanda pelo papel não foi tão grande na comparação com ofertas públicas realizadas no ano passado.
Em junho de 2004, o preço final da ação da Gol ficou em R$ 26,57, superando até o teto (R$ 26) fixado pelos bancos. Isso ocorreu porque houve uma forte procura pelo papel, e a empresa escolheu o preço mais elevado entre as propostas dos investidores.
Mas agora o momento do mercado é outro. Nas últimas semanas, o apetite dos investidores estrangeiros por ações de empresas brasileiras diminuiu devido à preocupação com a alta dos juros nos EUA e o fluxo de capital para países emergentes.
As corretoras envolvidas no lançamento das ações do Submarino cumprem um período de "quarentena". Ou seja, não podem se manifestar publicamente sobre o desempenho do papel. Mas há o receio de que as turbulências no mercado, com as especulações sobre os juros nos EUA e o menor interesse por papéis de emergentes, afetem o desempenho das ofertas públicas que estão no forno, como Localiza Rent a Car e Ultrapar.
Criado em junho de 1999, o Submarino --que lucrou R$ 6,3 milhões em 2004 após prejuízos nos anos anteriores-- lançou somente ações ordinárias (com direito a voto), pois será listado no Novo Mercado, segmento especial da Bolsa que reúne empresas que adotam regras rígidas de respeito ao acionista.
Já fazem parte desse grupo CCR, Sabesp, CPFL Energia, Dasa, Grendene, Natura, Porto Seguro e Renar Maçãs. A Localiza Rent a Car também se prepara para lançar ações e entrar nesse segmento.
No fim do mês passado, a Renar Maçãs, uma das maiores exportadoras dessa fruta, foi a primeira empresa a estrear no pregão em 2005. No setor de internet, já é listada na Bolsa a IdeiasNet.
Em 2004, seis empresas (Natura, Gol, CPFL, Grendene, Dasa e Porto Seguro) estrearam na Bolsa, quebrando um jejum de mais de dois anos. Outras que já eram de capital aberto (CCR, ALL, Braskem e Weg) venderam ações para captar recursos.
Essas operações seduziram os pequenos investidores e também atraíram os estrangeiros. O lançamento bem-sucedido de ações da Natura em maio do ano passado foi o estopim do "boom" de IPOs (ofertas públicas para abertura de capital).
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O site de comércio eletrônico Submarino estreou hoje na Bovespa. Na primeira etapa do pregão, a ação chegou a disparar 6,84%, atingindo a máxima de R$ 23,10 em relação ao preço fixado na oferta pública (R$ 21,62). Mas, no decorrer dos negócios, o papel foi perdendo força e acabou "morrendo na praia", ou seja, encerrou estável, sem ganhos, na contramão da maré positiva do mercado, no dia em que o Ibovespa (53 ações) subiu 2,43%, e a Bolsa eletrônica Nasdaq avançou 1,61%.
A ação chegou também a ser a mais negociada do pregão, mas acabou no terceiro lugar no ranking dos maiores negócios. O volume com o papel somou R$ 126,072 milhões ou 9,79% do giro total do mercado.
O valor da ação (R$ 21,62) fixado na oferta pública já era menor do teto (R$ 23,05) indicado pelo banco que liderou a operação (CSFB). Isso foi visto como um sinal de que a demanda pelo papel não foi tão grande na comparação com ofertas públicas realizadas no ano passado.
Em junho de 2004, o preço final da ação da Gol ficou em R$ 26,57, superando até o teto (R$ 26) fixado pelos bancos. Isso ocorreu porque houve uma forte procura pelo papel, e a empresa escolheu o preço mais elevado entre as propostas dos investidores.
Mas agora o momento do mercado é outro. Nas últimas semanas, o apetite dos investidores estrangeiros por ações de empresas brasileiras diminuiu devido à preocupação com a alta dos juros nos EUA e o fluxo de capital para países emergentes.
As corretoras envolvidas no lançamento das ações do Submarino cumprem um período de "quarentena". Ou seja, não podem se manifestar publicamente sobre o desempenho do papel. Mas há o receio de que as turbulências no mercado, com as especulações sobre os juros nos EUA e o menor interesse por papéis de emergentes, afetem o desempenho das ofertas públicas que estão no forno, como Localiza Rent a Car e Ultrapar.
Criado em junho de 1999, o Submarino --que lucrou R$ 6,3 milhões em 2004 após prejuízos nos anos anteriores-- lançou somente ações ordinárias (com direito a voto), pois será listado no Novo Mercado, segmento especial da Bolsa que reúne empresas que adotam regras rígidas de respeito ao acionista.
Já fazem parte desse grupo CCR, Sabesp, CPFL Energia, Dasa, Grendene, Natura, Porto Seguro e Renar Maçãs. A Localiza Rent a Car também se prepara para lançar ações e entrar nesse segmento.
No fim do mês passado, a Renar Maçãs, uma das maiores exportadoras dessa fruta, foi a primeira empresa a estrear no pregão em 2005. No setor de internet, já é listada na Bolsa a IdeiasNet.
Em 2004, seis empresas (Natura, Gol, CPFL, Grendene, Dasa e Porto Seguro) estrearam na Bolsa, quebrando um jejum de mais de dois anos. Outras que já eram de capital aberto (CCR, ALL, Braskem e Weg) venderam ações para captar recursos.
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